A negociata - segunda parte!
Havia começado, dias atrás, a trabalhar num artigo sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, envolvendo os estudos disponíveis e material publicado nos meios de comunicação. Um artigo de discernimento. Debalde. Com as (re)formulações dos últimos dias , passamos da negociata ao logro. Explico cronologicamente.
No passado fim-de-semana ficamos a saber que, a tal abertura, se projectava na realização pela CIP (confederação da indústria portuguesa), de um estudo sobre a localização
A 17, Domingo, Van Zeller afirma que as outras associações, ACP e CTP, afinal não faziam parte do projecto, devendo a CIP avançar sozinha, a pedido do governo. Como?
Ainda a 17, surge a questão, não apenas nos média mas em blogs como o Abrupto: mas afinal, se o governo já teria encomendado estudo alternativo à CIP (Alcochete), porque o escondeu nestes últimos meses? Ou terá surgido na última da hora? A questão é que ainda na sexta-feira, 15 de Junho, o governo desmentia qualquer “negociação” com a CIP.
Ainda no domingo, Rui Moreira em entrevista ao “Diga lá, Excelência” do PÚBLICO, Rádio Renascença (RR) e RTP 2, desmente a CIP e Mário Lino, relativamente à inexistência de negociações. Parece que em reunião entre Sócrates, Lino e o presidente da CIP, se achou “conveniente” ser esta apenas a avançar com projecto. Moreira afirma que foi “desconvidado”, mesmo depois de ter organizado uma apresentação no palácio da bolsa no Porto, onde também se sugeria o estudo da portela+um.
Ainda dia 20, o DN anuncia que a NAER (empresa pública responsável pelo novo aeroporto), promotora da OTA (como?) vai patrocinar estudo alternativo (Alcochete) a realizar pelo LNEC (laboratório nacional de engenharia civil). O governo vai canalizar dinheiro para esta, visto que a empresa não tinha previsto estudos alternativos. Quanto custa ganhar a eleição de uma capital?
Comentários
Sim. Está cheia de questões secretas, ocultas e enigmáticas. Para reforçar a tua ideia...
Se fosse um filme, teria que estrear na sessão da meia-noite.
:P