"A Cidade na História", de Lewis Mumford
Saído da pena de Lewis Mumford. Mais que um livro, um mundo! Obra épica, de vida toda, construída à força de muito viajar, ouvir, observar e ler. Começa lá muito atrás, na penumbra da memória: “A cidade dos mortos antecede a cidade dos vivos”. Podemos expressar, na esteira do autor, que a inicio, a cidade era simbolicamente um mundo, hoje o mundo é uma cidade.
A páginas tantas, encontramos o nosso colega Heródoto, também ele incansável viajante, geógrafo e historiador, que apenas escreveu uma obra (de toda uma vida), “Histórias” em nove livros, e que assim nos desvenda Babilónia em primeira-mão:
A cidade ergue-se numa ampla planície e é um quadrado exacto, com cento e vinte braças de cada lado, de sorte que a cidade inteira tem quatrocentas e oitenta braças [de perímetro]. Ao passo que tal é o seu tamanho eu não há outra cidade que dela se aproxime(…). No circuito da muralha, encontram-se cem portões, todos de cobre com vigotes de bronze e moirões laterais (…)A cidade é dividida em duas porções, pelo rio que passa pelo seu meio. Esse rio é o Eufrates, uma corrente larga, profunda, que se inicia na Arménia e vai cair no mar Vermelho.
Lewis Mumford
“A Cidade na História - suas origens, transformações e perspectivas”
Tradução de Neil R. da Siva
Martis Fontes Editora, São Paulo, 1998
Conheço também a versão Inglesa. Tradução em Português só conheço esta versão, a Brasileira.
Comentários