Um buraco com tendência para aumentar
No início do ano temos sempre tendência para fazer contas.
Dezembro é mês de todos os gastos (escusados) em “porcarias”, excentricidades, banalidades, etc.”
Janeiro é mês de aumentos em água, electricidade, gás, gasolina, portagens, etc…
Talvez melhor perguntar o que é que não aumenta? Todos responderiam de pronto: “os salários!”
Janeiro, também, é mês de saldos! Com 50% de desconto sempre podemos tentar comprar aquele casaco que custava 300 euros. 150 euros? “Bem baratinho”…
Mas esquecemos as contas, porque o buraco económico é bem maior do que o que pretendo mostrar (mas ambos estão associados).
Este buraco é exemplo de muitos outros e encontra-se numa situação provisória faz meses.
Infelizmente, no Portugal Provisório assistimos a isto com regularidade por todo o território.
Eu, como todos os restantes munícipes, sentimo-nos indignados porque estas situações arrastam-se por tempo indeterminado e, em caso de acidente, sabemos bem que os “gestores autárquicos” ou empresa responsável pelas obras se esquivam ao assumir das responsabilidades.
Esta situação já foi resolvida várias vezes, mas logo após qualquer “chuvinha” o piso volta a abater. Provisoriamente tenta-se resolver a situação.
Andamos sempre “a tapar buracos”. Não é grave…
O grave é não estarmos conscientes o suficiente para saber o que andamos a fazer… e caminhamos para a incompetência.
Esperamos ver a realidade alterada em breve… se não foi à terceira, que seja à quarta tentativa… se não for à quarta… não se esforcem muito, pois já terão o rótulo de incompetentes.
Na gestão autárquica é habitual assistirmos a obras para obter votos em eleições ou para melhorar a imagem do autarca, nunca se pensa que uma mínima intervenção pode melhorar a qualidade de vida das populações.
Se amanhã a comitiva do Presidente da República (desculpem, talvez para Quarteira seria melhor a do Cristiano Ronaldo) passasse nesta estrada teríamos, já esta noite, piso novo com duas faixas de rodagem, passeios, ciclovia, postes de iluminação a funcionar e canteiros de flores com sistema de rega automático. Pior que o “Portugal Provisório” só mesmo o “Portugal de Fachada”.
Um abraço.
Rogeriomad
Nota: Para quem não conhece, este buraco encontra-se logo após uma curva e durante a noite a estrada não se encontra iluminada. Foi ontem (02.01.2008) tapado com terra batida (já tinha escrito o artigo).
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