Sem espaço?...

Vidal, Braga sem espaço. Janeiro 08

Esta sofreguidão da ocupação do espaço urbano, espraiando-o sem nome pelas redondezas, num processo de dissolução dos lugares, perda de identidades e de pedaços razoáveis de vazio opaco, ainda assim, suplanta-se nos centros, pelo tenebroso mister de polvilhar cada espaço como se a cidade envergonhada tivesse que se esconder. E tem.

Discute-se por isso, e bem, em Braga (leia-se o artigo publicado ontem, dia 7 no Diário Do Minho - sem link- elaborado por um elemento da ASPA), sobre quanto custa, sim, quanto custa economicamente, não termos espaços verdes e em última instancia, não termos espaços.

Vidal, Braga criativa. Janeiro 08

Veja-se nas imagens. A composição plástica(?) frenética da ocupação. E depois o aproveitamento(?), com a construção de um campito para a prática de desporto sob o viaduto. Boa composição.

Comentários

Caesar disse…
É simplesmente degradante. Nunca gostei desses espaços. E, infelizmente não faltam deles em Braga.
Anónimo disse…
Bem escrito. A cidade atravancada e disforme. tinha a ideia que Braga não seria dos piores exemplos...
Rogeriomad disse…
Estive hoje mesmo com um livro na mão que mostra, claramente, que Braga é o concelho com maior dinamismo urbanístico nos últimos anos... (a par de outros, claro).

Talvez por isso mesmo se verifiquem coisas destas...

Quantidade, raramente, está associada a qualidade...

Braga é apenas um exemplo da cidade Portuguesa...

Muito bom. Abraço.
Rogeriomad disse…
Aliás o livro (um relatório do INE) cruza duas variáveis:
Dinamismo urbano com concentração urbana.

O povoamento urbano em Braga é dinâmico e ao mesmo tempo disperso...

A afectação do solo nem sempre se faz da melhor forma... não há qualquer plano de intervenção. A dinâmica urbana resume-se a aprovar loteamentos... distantes no tempo e no espaço...

Abraço.
Anónimo disse…
pois... Braga é uma sucessão de ghettos.

De ricos e de pobres.

Mais cego que um cego, é aquele que não quer ver.
Rogeriomad disse…
Exactamente... crescimento ao ritmo do investimento dos privados... depois surgem esses ghettos... espaços perdidos de valor imobiliário, paisagístico, urbanístico, social, cultural, etc...

Planeamento obriga uma visão de conjunto... orgânica... da cidade... no entanto, o que assistimos regularmente... "emissão de autorização de construção de vontades distintas"...

Abraço!

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