A anedota do debate “Cigarros apagados”
“Cientificamente não está provado que o fumar passivamente é prejudicial à saúde...”
Prof.ª Doutora Fátima Bonifácio (Historiadora)
Ao mesmo tempo, no meu sofá, pensava:
“É o mesmo que dizer que o primeiro rei de Portugal não foi D. Afonso Henriques mas sim Salazar...”
Pouco tempo depois:
“Concordo. Não ponho em questão isso. Excedi-me. De facto, está provado cientificamente que o fumar passivo é prejudicial à saúde...”
Prof.ª Doutora Fátima Bonifácio (Historiadora)
“Ah! Bem me parecia que foi o D. Afonso Henriques”, pensei eu.
Comprometeu o seu discurso, raciocínio, ficou fora do debate e sentiu-se desmotivada como ela própria afirmou. E quando acordou, não acrescentou nada de novo...
Conclusão: O fumo “bloqueia” não só os pulmões, como o cérebro. Enquanto que a humildade de assumir que estamos errados está imune ao fumo.
Prof.ª Doutora Fátima Bonifácio (Historiadora)
Ao mesmo tempo, no meu sofá, pensava:
“É o mesmo que dizer que o primeiro rei de Portugal não foi D. Afonso Henriques mas sim Salazar...”
Pouco tempo depois:
“Concordo. Não ponho em questão isso. Excedi-me. De facto, está provado cientificamente que o fumar passivo é prejudicial à saúde...”
Prof.ª Doutora Fátima Bonifácio (Historiadora)
“Ah! Bem me parecia que foi o D. Afonso Henriques”, pensei eu.
Comprometeu o seu discurso, raciocínio, ficou fora do debate e sentiu-se desmotivada como ela própria afirmou. E quando acordou, não acrescentou nada de novo...
Conclusão: O fumo “bloqueia” não só os pulmões, como o cérebro. Enquanto que a humildade de assumir que estamos errados está imune ao fumo.
Continuando...
- Oh Doutor! Oh Doutor.
- Não é verdade.
- Oh Sr. Doutor! Oh Sr. Doutor.
- Está a faltar à verdade.
- Oh Doutor.
- Deixe-me falar.
- Oh Doutor responda-me.
- Se me deixar falar...
- Oh Sr. Doutor...
- Mas... talvez... no entanto... apesar de... entretanto… uma vez que... logo... portanto…
Porquê que somos “tão bem educados” num debate destes? Puxa, faz-me lembrar uma das rábulas dos Gato Fedorento… Se esquecêssemos o senhor e o doutor o debate de ontem resumia-se a metade do tempo. A primeira parte foi para esquecer...
Que debate fraquinho. Tal como o tabaco...
Continuando…
Esta lei é, sem dúvida, fundamental para educação das gerações futuras.
Não devemos pensar apenas em nós próprios, na propriedade privada ou liberdade individual... pois estas não estão postas em causa.
Esta lei terá forte percussões na prevenção, educação e saúde dos mais jovens. É nisso que devemos pensar...
Por exemplo, regularmente vejo pessoas a deitarem papéis para o chão com um à vontade como se de um acto normal se tratasse. Não aceito mas compreendo, pois têm o dobro ou o triplo da minha idade e foram educados de outra forma... apanho o papel e coloco-o no contentor do lixo... no mesmo momento sou abordado por um grupo de crianças que me mostram que devia colocar o papel no papelão e não no caixote comum.
3 Gerações, 3 comportamentos diferentes.
A sociedade está em constante transformação.
A educação é essencial para essa transformação.
Continuando...
Não há uma lei que proíba as pessoas de tomarem banho quando fazem a digestão (eu pelo menos desconheço), mas todos sabemos se arriscamos, estamos sujeitos a que as coisas corram mal. Não é verdade?
Na questão do fumo, todos sabemos que não nos preocupamos muito com o risco, porque o fumar passivo é com os outros e não é nada connosco. “Quem está mal que se mude!”
É triste, mas bem sabemos que é verdade...
Por último...
Referindo-se à tradicional justificação das pessoas com idade avançada que sempre fumaram e nunca tiveram problemas de saúde, o Prof. António Vaz Carneiro afirmou:
“As guerras não matam, porque há veteranos vivos”.
Se tivesse na plateia, levantava-me e batia palmas.
Com tanta lucidez demonstrada até era capaz de dar pinotes… Muito bom!
Resume um pensamento apenas com uma frase.
Interpretem-na da forma como quiserem, mas por favor, não inventem tal como estão a fazê-lo com a Lei n.º 37/2007, de 14 de Agosto.
- Oh Doutor! Oh Doutor.
- Não é verdade.
- Oh Sr. Doutor! Oh Sr. Doutor.
- Está a faltar à verdade.
- Oh Doutor.
- Deixe-me falar.
- Oh Doutor responda-me.
- Se me deixar falar...
- Oh Sr. Doutor...
- Mas... talvez... no entanto... apesar de... entretanto… uma vez que... logo... portanto…
Porquê que somos “tão bem educados” num debate destes? Puxa, faz-me lembrar uma das rábulas dos Gato Fedorento… Se esquecêssemos o senhor e o doutor o debate de ontem resumia-se a metade do tempo. A primeira parte foi para esquecer...
Que debate fraquinho. Tal como o tabaco...
Continuando…
Esta lei é, sem dúvida, fundamental para educação das gerações futuras.
Não devemos pensar apenas em nós próprios, na propriedade privada ou liberdade individual... pois estas não estão postas em causa.
Esta lei terá forte percussões na prevenção, educação e saúde dos mais jovens. É nisso que devemos pensar...
Por exemplo, regularmente vejo pessoas a deitarem papéis para o chão com um à vontade como se de um acto normal se tratasse. Não aceito mas compreendo, pois têm o dobro ou o triplo da minha idade e foram educados de outra forma... apanho o papel e coloco-o no contentor do lixo... no mesmo momento sou abordado por um grupo de crianças que me mostram que devia colocar o papel no papelão e não no caixote comum.
3 Gerações, 3 comportamentos diferentes.
A sociedade está em constante transformação.
A educação é essencial para essa transformação.
Continuando...
Não há uma lei que proíba as pessoas de tomarem banho quando fazem a digestão (eu pelo menos desconheço), mas todos sabemos se arriscamos, estamos sujeitos a que as coisas corram mal. Não é verdade?
Na questão do fumo, todos sabemos que não nos preocupamos muito com o risco, porque o fumar passivo é com os outros e não é nada connosco. “Quem está mal que se mude!”
É triste, mas bem sabemos que é verdade...
Por último...
Referindo-se à tradicional justificação das pessoas com idade avançada que sempre fumaram e nunca tiveram problemas de saúde, o Prof. António Vaz Carneiro afirmou:
“As guerras não matam, porque há veteranos vivos”.
Se tivesse na plateia, levantava-me e batia palmas.
Com tanta lucidez demonstrada até era capaz de dar pinotes… Muito bom!
Resume um pensamento apenas com uma frase.
Interpretem-na da forma como quiserem, mas por favor, não inventem tal como estão a fazê-lo com a Lei n.º 37/2007, de 14 de Agosto.
Ler artigos relacionados com tema:
Ano novo vida nova?
Desculpe, faça o favor de apagar o cigarro...
Mas deixemo-nos de anedotas… agora a falar a sério…
O prof. Vidal aponta para o mapa e diz:
- Hoje vamos até aos Açores...
Diz o Eduardinho F.:
- Ó professor espere só um bocadinho que eu tenho de avisar a minha “mamusca”.
Comentários
Quanto ao tabaco, com fumo, claro, sem fumo não pode ser. Está tudo mais que dito. Pessoalmente interessa-me a liberdade individual, no sentido da possibilidade de escolha. Nesse sentido tinha aflorado o contexto vizinho Espanhol. Desde que a lei, sem miasmas ou pseudo “bronquites” antes do tempo, permita a dupla consagração do direito, salvaguardando uns e outros. Quero poder escolher. É como com os amigos, porra. E quanto a isso tenho verificado in loco que é possível…
Quanto às gerações futuras, pela amostra pimpona que se vislumbra por aí (como tu denominas de analfabetos, eu diria iletrados da placenta), não se augura nada de bom. Talvez uns plásticos no papelão ( esta associação não foi por casso…eh..eh), se souberem reconhecer as cores, ou as frases dos Morangos com…
Simultãneamente convido-o a comentar no meu Blog sobre esta temática, onde existem publicadas duas opniões, a pró-fumo e a pró-lei.
O que a historiadora disse no fim pareceu-me bem mais importante que a tragédia de afirmar e depois concordar que o fumo passivo é prejudicial para quem está à volta do fumdaor propriamente dito. Ela disse que em Inglaterra já houve (há?) casos de descriminação, nos hospitais, por uns pacientes fumarem e outros não. Claro, e como lhe responderam muito bem da outra mesa, a saúde é para todos e por igual, e não os que a ministram não têm qualquer autoridade para estar a julgar os modos de vida das pessoas.
Nesse aspecto, ambas as mesas estiveram de acordo.
Confesso que não vi todo o programa, mas pelo que vi, acho que foi útil.
O Vidal fala em liberdade de escolha. Pois bem, não vou dizer que é uma questão complicada. Para quem fuma, parece que tem as suas complicações. Mas os não fumadores também têm direito à liberdade: a de não fumar. A sobreposição de liberdades é im´possível quando estas são contrárias entre si, ou, como soi dizer-se, incompatíveis.
Depois entramos na questão de os estabelecimentos poderem ter compartimentações onde é e onde não é possível fumar. Um senhor da bancada referiu que, mais importante e restritiva que o fumar aqui ou não, é a porção de partículas em suspensão por determinado volume de ar num dado espaço fechado. Aí é que a lei é mais severa. Mas, diz o mesmo senhor, aí, nenhum estabelecimento está a cumprir a lei. Porque é preciso um plano para implementar (com os extractores, na força e localização adequadas) e um engenheiro (para acompanhar o processo). Clarol isto cheirou-me a "tachos". E a pergunta de "não não faríamos o mesmo?" não é para aqui chamada. Porque o importante é salvaguardar o direito a não fumar.
E não estou a criticá-la! Compreendo que perante uma plateia e sabendo que está em directo para Portugal a boca fugiu-lhe para a verdade. No fundo é que muitos fumadores pensam... até alguém que lhe é próximo morrer de cancro de pulmão... devido ao tabaco, etc...
Apenas quis mostrar anedota... no seu sentido humorístico. Não estou a criticá-la. Até deve ser boa pessoa...
Vidal...
A liberdade individual tem limites.
Por exemplo, o limite da tua liberdade individual termina quando começa a minha.
Este raciocínio não é novo.
E penso que todos percebem isso...
E...
Analfabetismo da geração futura:
Supondo que estejas a falar dos comentários no outro artigo... Nunca chamei a geração futura de analfabeta... referia-me a um acontecimento específico... e a fumadores...
A geração futura não será uma geração de fumadores...
Vamos acreditar nisso...
Grande abraço,
Rogériomad
Amigo Vidal...
não leves a mal.
Somos amigos.
Não vamos agora pôr-nos a discutir como no debate...
Neste país há tantos assuntos fracturantes... E é com razão que há.
Realativamente a analfabetos..uii...nem vale a pena falar...
E compreendo a preocupação.
Até tem que ver com planeamento.
Mas o dinheiro encarregar-se-á, porventura, de o conseguir para ambas as facções.
Esperemos que não da maneira como se tem visto. Isto ainda está a começar.
;)
Ainda nao percebi esse ponto da liberdade individual no sentido de possibilidade de escolha.
Mais precisamente, referes-te ao quê? Fumar ou não fumar? Fumar onde quiseres?
Não percebo a tua questão...
Por exemplo:
"Nesta área está interdita a caça ao Javali e ao Coelho porque estão na época de reprodução."
- Achas que devemos dar a possibilidade de escolha aos caçadores?
Podem caçar se tiverem uma arma de fogo automática com dois canos e com infra-vermelhos incorporados...
"Na Ria Formosa está interdita a actividade pesqueira porque houve uma descarga poluente"
- Devemos dar oportunidade de escolha aos pescadores?
Podem pescar desde que o peixe ainda esteja vivo...
"De forma a proteger os cidadãos da exposição involuntária ao fumo... É proibido fumar em recintos fechados... excepto blá blá..."
Achas que não tens escolha?
Eu acho que tens muita escolha...
Basta mudares de hábitos...
"Muda hábito!"
Acho que a questão essencial estará aqui:
Os nossos velhos hábitos fazem-nos querer que não há alternativas!
Uma coisa que me esqueci...
Concordo com o Vidal sobre o programa "Prós e Contras".
Eu vejo aquilo com regularidade... e dia para dia fico mais desanimado. O pior é que sinto que aquilo está a substituir o nosso Parlamento. Um debate televisivo no Prós e Contra coloca em questão qualquer lei aprovada na AR. O Parlamento sai logo fragilizado.
E olhem para a bancada só meninos de fato e gravata...
Onde está o povo?
Em casa a ver TV...
Ou começo achar que os portugueses vestem bem... somos ricos?
Edu... não queiras fazer de plateia de "prós e contras". Evita esses "grande roger"...
Grande abraço aos dois,
Rogério
Esta será mesmo a última vez em que abordo o assunto, e faço-o para limar arestas porventura mal conseguidas.
O meu direito de escolha (alternativa) relaciona-se com os locais, os espaços específicos. Mantenho! Não estamos assim tão longe. Por isso referi o caso Espanhol. Resume-se, obviamente, a podermos optar pelo espaço que mais nos convêm. Para tal afigura-se necessário existirem alternativas (em cafés, bares ou outra porra qualquer), isto é, locais onde seja permitido fumar. Salvaguardando que existirão outros onde tal não será possível. Já era assim aliás, em alguns, muitos, casos. Nada de novo. Depois cada um irá onde lhe aprouver. Quando estivermos juntos, certamente, não haverá, como nunca houve qualquer problema. O resto são hematomas no joelho político que não nos permitem reflectir em assuntos mais pertinentes. Vamo-nos eles. Fim.
Por outro lado, espero que leias sempre, os meus artigos ou comentários contextualizando-os e desmistificando à priori aquilo que nem sempre se retrata no imediato. Concernente à caça, bem, não a pratico, nem mesmo para sobreviver. Os meus antepassados já terão a sua quota-parte de mortos. Em todos os sentidos.
"Para tal afigura-se necessário existirem alternativas (em cafés, bares ou outra porra qualquer), isto é, locais onde seja permitido fumar."
Elas existem... só procurar... nada de novo!
Ainda hoje estive num... fumei voluntáriamente... são opções... mudanças de hábitos... novas realidades... etc... evolução...
Em relação a este assunto bem tentei contextualizar não só artigo como comentários...
mas é complicado contextualizar.
Se tivessemos a conversar há 10 anos atrás... talvez conseguisse...
Hoje, já não...
Apesar de não pensarmos...
"Somos todos uns caçadores"
Certamente a praticas... mal tu sabes...
Um abraço,
Rogério