Estratos: centros e centro histórico


A propósito das nossas últimas deambulações, no centro ou centros. Por vezes (muitas vezes) acreditamos naquilo que desejámos. É humano projectar.

Apesar de tudo lamenta-se que aparentemente, ou talvez não, a dimensão histórica da cidade fique remetida a uma zona especial com a tal carga simbólica. O centro histórico ainda é (e por isso provavelmente as coisas não evoluem) pensado como um espaço alheio ao devir do restante espaço urbano, espécie de “nicho” ou microterritório, onde resistem valores de identidade e da comunidade e se resista um equilíbrio entre a paisagem e o meio ambiente. Encaramos o centro histórico como algo mais: acima de tudo como um espaço natural e que deve ser encarado como tal. Espaços especiais remetem-nos para um mundo paralelo, onde por vezes esquecemos as pessoas, sobrevalorizamos imagens, projectando-as para outros “sítios”. E as pessoas são fascinantes.

GONÇALVES, Marco " Centros históricos ou a cidade reencontrada" estrato da tese de licenciatura em Geografia e Planeamento, Universidade do Minho- Guimarães,2004

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