Dezembros e o quase Natal

Como se não bastasse (aos olhos de milhares de leitores), o singelo e honesto contributo do Georden, também a inefável imprensa escrita (da falada, por embaraço não comento), tem, não raras vezes, de forma avisada, e quase oportuna, recordado(e enfatizado) para os perigos e contradições ambientais e suas consequências para a qualidade de vida. As politicas, o (des)ordenamento do território e os habituais estudos. Ele, é o Publico, a Visão e o DN, os jornais regionais, etc, etc, e mais estudos a que tiveram acesso, fiáveis ou não, com o patrocínio de sabe-se lá quem, mas apontando todos, ou quase, para as mesmas consequências. Inevitáveis.

Como aqui já se escreveu (da minha pena e outras), relativamente ao último mês (para não ir mais longe), as inundações (ainda alguém, Jingle bells, se lembra?) e consequentes “tumultos” da indignada populaça, os inquéritos e (a culpa não é minha) mais estudos, redundam, como diziam os “Xutos” em silêncio(s). Nada.

A investida (com avisos de longa data) do mar (ver a Visão de 14 de Dezembro), associada à responsável destruição das dunas e, hábeis construções, mais a “dinâmica” turística, dinamitam a nossa costa e a nossa paciência; são aquilo que se sabe, e sabia. E sabia! Quanto ao aquecimento global, estamos conversados.
Não (re)conheço, quando lá vou, São Bartolomeu do Mar, a praia da Apúlia(onde se constrói uma betonada marginal literalmente sobre o mar), o aristocrático Ofir, Esmoriz, a Caparica sem Costa (coitaditos dos bares) e o circo Algarvio do constrói em qualquer lado(coitaditos dos hotéis) e vê se tens rede. No passa nada. É Natal.


Na semana Carolina Salgado, tendo deambulado pela cidade e livrarias, encontrei, e não é de hoje, várias obras (literárias) importantes, em áreas como a geografia, sociologia e urbanística, antropologia e história, sobre a problemática e a questão urbana (Castells). Nunca, como agora, se reflectiu tanto no assunto, com ou sem atrasos relativos (ou absolutos), tendo ou não em conta outros países. Obras nacionais e estrangeiras, reflectem as várias perspectivas e tendências de pensar a cidade, diferentes visões concebem os espaços(muitos deles são novos). Já não é pouco. No entanto, interrogo-me, ao olhar de soslaio para Braga, já cansado, se realmente vamos aprender alguma coisa. Já perdemos alguns rounds.

Mas enfim, é quase Natal…

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