A economia atrofia
Não, não devem ter percebido bem o título.
A economia atrofia, e não "é atrofiada". Que isto ainda é Português.
... mas se ninguém já mais pensa, então qualquer tentativa de comunicação está morta à nascença.
A economia desideologizou-se (g'anda palavrão!), dizem.
Que quer isso dizer?
Se até a sacrossanta lei da oferta e da procura, que tanto nos asseveram que "é mesmo assim" e "sem perceberes isso, não entenderás nada"...
[direi melhor: se não entender aquilo, não entro no reino da manipulação pela estupidez!]
...pode ser questionada quando questionamos... o valor.
É a este que temos de atender, é este que devemos analisar e criticar.
Se o preço (não confundir com valor) não passa de uma convenção à qual nem nos perguntaram, primeiramente (instituição), se acedíamos... e à qual acedemos de cada vez que, pobrérrimos, apenas dispondo da miséria do dinheiro, o trocamos pelos produtos que mantêm os nossos cadáveres obedientes e adiados por cá, por mais uns tempos da rentabilização e engrandecimento do capital.
Sim, a nós ninguém nos pergunta nada.
A nós não nos chamam para irmos a referendo sobre as coisas que nos afectam directamente a vida e as formas e nos reduzem as possibilidades de viver.
A Política foi primeiro a arte de impedir as pessoas de se intrometerem naquilo que lhes diz respeito. Numa época posterior, acrescentaram-lhe a arte de forçar as pessoas a decidir sobre o que não entendem.
Paul Valéry
Não entendem, e quanto menos lhes for explicado, melhor!
Porque o Poder mutante, mutante para permanecer Poder - há séculos - sabe bem que ninguém nasce ensinado.
E quando acedemos a alguma forma de poder que pode destronar a máquina desse poder vigente, então lá se trocam as voltas, mudam-se umas coisinhas para tudo o que trabalhaste nada ou pouco voltar a valer. Num jogo do gato e do rato em que és sempre tu, indivíduo solitário entre os milhões que fazem de ti rolo de carne para canhão a ir para a frente da batalha, a levar e amortecer os tiros que eles próprios estimulam a que dispares, tu do outro lado da barricada de ti mesmo, inimigo de ti próprio, vendido e comprado, parasitado e dependentizado pelo veneno do Poder.
Querem-te para produzires.
"O que interessa é que os proles se propaguem; tudo o mais é indiferente", assim preza o grande irmão que é o paizinho a que vais dar de comer todo o santo dia, todo "o patrão nosso de cada dia".
Se a máquina está bem montada e a tua vida é uma roldana mais para a levar ao bom porto onde nunca atracarás para descansar,
então....
mata-te!
Tu és a base e a cadeira salazarenta, mas amnésica, do poder.
Se tu serrares as tuas pernas, o ditador cai.
Sem ser de podre!
Mas isso não é solução, não é suficiente.
Terás de fazer estragos durante a tua passagem.
Não estejas à espera que ele caia: empurra-o como e o mais que puderes!
É isso que te é implorado pela liberdade e negado pelo Poder e as instituições atrofiantes de merda cá do vil e torpe burgo terrestre.
"White man came / across the sea / He brought us pain / and misery", já cantava o Bruce Dickinson, vindo com a Dama de Ferro dois anos antes do 1984, ou seja, migalha de tempo metafórica e proporcional à instalação do império da porcaria que nos atola, quais atóis em que fazem experiências atómicas a ver se resistimos, a ver como reagimos, anotando os seus troikistas-cientistas as suas estatísticas a publicar para os manuais do aperfeiçoamento do poder que há-de vir, se este que vigora chegar a partir ou virar de casaca.
"Em meados de Julho de 1945, quando o general Dwight Eisenhower, então comandante das forças aliadas, é informado pelo secretário de Estado da Guerra americano, Henry Stimson, que a bomba atómica será de qualquer maneira lançada, a sua reacção é também digna de nota:
Enquanto ele expunha os factos, a senti um terrível mal-estar. Comuniquei-lhe as minhas apreensões, baseadas na convicção de que o Japão já estava vencido e que a bomba não tinha utilidade nenhuma."
John Hersey, Hiroshima (Antígona, 1997, p.215)
Nós já estamos vencidos, mas o ódio e o mesmo ressentimento que ergueram Hitleres querem criar feridas e furúnculos nos nossos joelhos. de peregrinos aos altares do capitalismo-comunismodoconsumo. E é por isso que ninguém assalta bancos para destruir o dinheiro: assalta bancos para fundar e comprar mais bancos e, aí sim, e assim, roubar mais a quem eles subjugaram.
De vez e até à última gota do suor e do sangue que só te disseram servirem para fazer guerras.
As guerras deles, mas a morte tua, só tua e dos milhares que seguem a teu lado para o abismo que inventaram para ti dizendo que era o possível cèuzinho de merda. (Sim, viram bem, ali está um acento grave, não porque era para esse lado que viravam os acentos quando os determinatizavam, mas porque a palavra deixa de ser aguda... e explicação, quiçá estúpida, era mesmo necessária?)
E assim, vais ser tido num hospital que eles compraram e privatizaram e, se puderes, pagas!
Do que não se lembraram antes de ti foi de não ter que poder e deixar esses fazedores de dinheiro à espera do Hulot que tu não serias.
E assim, vais crescer com fraldas descartáveis que duram sei lá quantos anos a degradar-se nas condições parcamente ambientais que os teus anteriores permitiram e te deixaram.
E assim, vais andar num carrinho que custou sei lá quantos luxos imbecis e de suores de camisolas.
É fixe a vista? Cospe prà frente, a toda a velocidade!, que não tarda vais levar contigo no focinho!
E assim vais papando a papa que o papa professa para ti, depois de converter o papá e a papisa sentados frente à tvwc, water-closet da propaganda das multinacionais sem rosto decifrável e apagável da alimentação, do vestuário, da educação, da habitação, do imobiliário, do amém serviço de Estado e seus acólitos municipais esbanjadores de alcatrão.
E assim, vais aprender bem as lições da história vistas sempre pelo lado do vencedor na tua escola por ele comprada, na tua escola da vida formadora para o "mercado de trabalho", seu colaborador amestrado prometedor e com grande potencial. Da mesma educação que, se for para renovar ou mudar, em nada te ajudará senão a te manteres à parte e não seres integrado e seres um "desleixado" e "vai trabalhar, malandro!", "desnaturado", "marginal", ou até "desempregado".
E assim, ao longo do teu crescimento, vais comer, vestir e... UI!!! TRABALHAR!! ao serviço deles, para eles, por eles, que te puseram no seu lugar a fazeres-lhes as vezes.
Eles é que põem as tuas mãos à obra, a tua boca à disposição do próximo produto de laboratório, o teu corpo à mercê das próximas vacinas antigripais e anti-ratinhos, anti-cancros, ratinho-orelhas-nas-costas da tua miséria ligada à máquina...
Eles é que têm motivos de sobra para te adularem, mas também para te rejeitarem se a tua maré de descontentamento subir e os encharcar.
E tu, mesmo assim, não vês em que é que o seu Poder está manifesto.
Mas basta olhares já, já tão alargado o seu domínio senhorial, para qualquer coisa tornada produto comprável e vendável, qualquer que seja o resultado não-natural que é erigido à tua volta.
Há muito que eu via este símbolo pelos campos de milho e me perguntava, na dúvida, se não seria isto obra do deus mafarrico que compra, ocupa, manipula (palavra-chave) e faz de cada agricultor-base gato-sapato dos seus pés fedorentos a arder no brómio do dinheiro.
Ainda ontem vi mais uma - estão por todo o lado!, não é na lua!, na lua não há manipulados, portanto não há manipuladores... mas tão-somente porque não há manipuláveis...,triste pena de alguns - e me lembrei de vir investigar.
Hoje ao ver esta imagem, cedida pelo Ondas3, me caíram os queixos da dúvida e se me abriu a boca da ira, ao perceber que esta MERDA está por todo o lado, invadiu tudo, com o beneplácito da ignorância, claro está, sempre ela no pódio a vencer-nos a corrida escorregadia.
Atentai bem, seus terroristas, na bela e verde palavrinha do canto inferior direito da placa na imagem e aí tereis as dúvidas estilhaçadas.
Não há estatísticas que aguentem o peso deste poder, do poder destruidor do dinheiro e do poder atrofiador da economia que o cria e sustenta.
Não há recenseamento possível para fixar o vento venenoso a semear doença. Imperialmente.
Que droga foi que venderam aos agricultores para que eles comprassem esta merda??
Sim, foi a vida.
A vida-doença, a vida-morte.
E talvez uma manipulação destas seja, como as ilhas de plástico flutuante e microscópico, o maior progresso da ciência bélica dos tiranos: injectaremos os chips no nosso corpo e um dia lá vamos, accionados a um clique da claque do Poder, para nos desligar. A seu bel-prazer.
Ou plastificados por dentro e aos poucos, ou então teorias da conspiração para o futuro e sempre a merda do futuro, sempre a merda do futuro a ameaçar sem sustentação, dizeis? mas se o futuro não vos serve de explicação, que me dizeis ao poder que é cumprido aqui e agora, sem precisar do futuro para nada? Digam lá?
Emprestado do mesmo Ondas3, deixemos então o futuro para o domínio das vossas, dizeis, teorias da conspiração - que isso, acusais, não passa de "ideologia" - e vejamos algumas formas de controlo dos corpos e almas, AQUI E AGORA:
- Se um agricultor quiser semear algodão, milho, soja ou colza só o pode fazer comprando sementes transgénicas, uma vez que os gigantes dos transgénicos dominam 90% do mercado; muitos agricultores foram processados e acusados de roubo de patentes de sementes transgénicas quando de facto as suas culturas foram contaminadas por sementes e pólen de culturas transgénicas espalhadas pelo vento; eles não roubaram sementes nem patentes, eles foram vítimas de trespasse, de invasão de propriedade e, por isso, têm tentado fazer aprovar leis que os defendam da invasão de sementes transgénicas;
- São tretas as garantias dadas pelo ministério da Agricultura dos EUA de que os produtos alimentares transgénicos são seguros e que não precisam de rótulo; o próprio ministério já admitiu que essas garantias se baseiam em testes levados a cabo não por entidades independentes mas pelas próprias corporações que lideram o mercado dos transgénicos; o consenso científico mundial diz que os transgénicos não são seguros e, por isso mais de 40 países exigem a sua rotulagem e alguns até os proibem por comprovadamente serem maus, por exemplo, para o fígado e para os rins e contribuirem para a obesidade; se as gigantes das biotecnologias não se cansam de propagandear que os seus produtos vão eliminar a fome, reduzir a aplicação de pesticidas e de fertilizante químico, aumentar a tolerância à seca e a produção, então por que razão acham que rotular uma embalagem que contém transgénico vai confundir o consumidor? se estão assim tão seguros do seu sucesso, se realmente acreditam que os seus produtos são melhores, por que têm medo de os rotular?
- São tretas as garantias dadas pelo ministério da Agricultura dos EUA de que os produtos alimentares transgénicos são seguros e que não precisam de rótulo; o próprio ministério já admitiu que essas garantias se baseiam em testes levados a cabo não por entidades independentes mas pelas próprias corporações que lideram o mercado dos transgénicos; o consenso científico mundial diz que os transgénicos não são seguros e, por isso mais de 40 países exigem a sua rotulagem e alguns até os proibem por comprovadamente serem maus, por exemplo, para o fígado e para os rins e contribuirem para a obesidade; se as gigantes das biotecnologias não se cansam de propagandear que os seus produtos vão eliminar a fome, reduzir a aplicação de pesticidas e de fertilizante químico, aumentar a tolerância à seca e a produção, então por que razão acham que rotular uma embalagem que contém transgénico vai confundir o consumidor? se estão assim tão seguros do seu sucesso, se realmente acreditam que os seus produtos são melhores, por que têm medo de os rotular?
O que a realidade tem mostrado é que o cultivo de transgénicos tem aumentado a necessidade da aplicação de cada vez mais pesticidas, tem aumentado o aparecimento de parasitas cada vez mais resistentes aos químicos aplicados, para não falar do endurecimento das plantas do trigo e do algodão transgénicos a tal ponto que chegam a furar os pneus dos tractores.
Outras reflexões e desmontagens aqui
Outras reflexões e desmontagens aqui
Que foi que nos venderam, a nós, consumidores, para continuarmos a comprar esta merda invasiva??
Sim, foi a vida.
A vida doente.
A morte fingida.
A vida doente.
A morte fingida.
Estou cansado de ver esta porcaria e esta economia-açougueiraprofissional a arregimentar os homens em varas.
De empalar e (varas) de porcos.
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