Vulnerabilidade: qual delas?

Portaria n.º 259/2012. D.R. n.º 166, Série I de 2012-08-28

Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território

Estabelece o programa de acção para as zonas vulneráveis de Portugal continental

"Os destinatários da presente portaria são os agricultores titulares de explorações agrícolas localizadas nas zonas vulneráveis.
 
Artigo 2.º
Objectivos
 
O presente programa tem como objectivos reduzir a poluição das águas causada ou induzida por nitratos de origem agrícola e impedir a propagação desta poluição nas zonas vulneráveis."
 
 
Sim, convém definir o âmbito desta portaria.
As "sinopses" das leis estão - é impressão nossa? - a tornar-se como os títulos das notícias, que anunciam coisas relativamente diferentes das que tratam no corpo das ditas?
Ou não estaremos nós a perder o hábito da dúvida e atiramos para cima dos nossos olhos mentais, para podermos passar a página à frente, a interpretaçãozinha errada do costume?
(- Que estupidez: substituir a dúvida pelo preconceito...)
 
Por momentos pensámos que se tratava da vulnerabilidade dos solos (no que toca especificamente à erosão.)
Não que a poluição não lhe esteja intimamente ligada, mas...
Porque a desertificação avança e com o abandono das terras então ninguém fica a lutar por ela (pela Terra, pelo solo propriamente dito).
A não ser que deixá-la em paz... seja a melhor solução para travar a degradação e erosão dos solos.
Aqui ou em qualquer lado, seria bom.
 
Mas não é.
Vamos ter muita luta pela frente, companheiros.
 
Que pequenas acções diárias, minhas e tuas, implicam o avanço ou o retrocesso da desertificação?
Cada um que encontre as respostas possíveis: há muitas, o que importa é o caminho que a elas nos leva, e se for bom, a resposta está sustentada.
Aí, toca a agir!
Sem ser por decreto.
Que temos de ser mais lúcidos que isso!

"A ética não espera pela política."
 
Fernando Savater

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