Imprensa do dia (3): para o ano é que vai ser


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Afinal, parece que para o ano é que vai ser. Não queríamos duvidar, não fora as preocupações que o governo da república manifesta no presente. Na vida para além do défice e das famigeradas reentrée políticas, ficamos a saber, por exemplo, que num tempo onde se amontoam empresas com salários em atraso - com os tais ditos generosos empreendedores a darem à sola sempre que lhes faz proveito - o governo prepara legislação para punir pichagens, e claro está, os malévolos grafites, uma das bandeirinhas, aliás, de um dos partidos da coligação governamental.


Por falar em empreendedores e seus sucedâneos, ficamos também a saber da generosa amnistia fiscal para capitais escondidos no exterior (foragidos, por assim dizer), representando, nas palavras certeiras de Fernando Madrinha (no Expresso de 10-08-12) a “rendição do estado ao expediente, à vigarice e ao crime puro e simples”. Com a capa de arranjar dinheiro (fácil) para os cofres o estado cobra uma taxa de 7,5%, esquecendo os impostos devidos (e o resto!), num bom “negócio para legalizar dinheiro que, por alguma razão, se quis esconder.”


Enquanto não chega o tal ano em que vai ser, para quem não quiser expatriar-se para a lua, e tiver alguns recursos, folgamos saber que se encontra aberta a temporada dos saldos na Lusófona.


PS: Ontem em Braga não se passou nada. Foi impressão nossa.


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