Onde vivemos - Inquérito

Pois é, vindo em pezinhos de lá, o inquérito deste mês instalou-se ali ao lado.
Como as mudanças à nossa volta. E quando formos a ver, já a procissão passou.

Pensar sobre o l(ug)ar em que moramos é afirmar o nosso existencialismo. É reflectir sobre a saúde, a geografia, a economia, a política (ou seja, a ética). Sobre o nosso papel enquanto seres passantes, fugazes, em muitos casos, não indiferentes.

Os indicadores da qualidade de vida incorporam, sem dúvida, uma componente material (acesso aos cuidados de saúde, a infra-estruturas básicas, condições de habitabilidade...).

Contudo, a pergunta ali ao lado (não, não estamos a partir do princípio de que já todos a temos garantida!, porque ainda não ultrapassámos essa fase...) pretende (foi com esse mais com esse objectivo que a postulámos) que a avaliemos em função do meio que nos rodeia. Busca, portanto, uma abordagem mais ligada à saúde ambiental. Alguns dos marcadores que usamos aqui no Georden podem dar umas pistas para a sua leitura.

Olhando à nossa volta, as condições disponíveis permitem-nos uma boa qualidade de vida?

No fim do inquérito, poderemos discutir melhor este assunto, com os vossos comentários e as vossas apreciações e abordagens.
A pergunta está lançada.

Comentários

Rogeriomad disse…
O livro porreiro para se ler sobre isto é o que saiu há pouco tempo "O País (In)sustentável" de Luísa Schmidt, 2007.

Confesso que tanto na cidade onde moro (Quarteira) e na cidade onde trabalho (Faro)... faltam-lhes melhorar bastantes indicadores da qualidade de vida.
Tenho de viver nas duas para conseguir atingir a qualidade de vida desejável. O que uma tem, não tem a outra... o que uma tem a mais, a outra peca por ter a menos... ;)

É a vidinha...
Edward Soja disse…
Falando de Braga e Guimarães, as cidades que melhor conheço, aponto diferenças. Mas começando pelas semelhanças, direi que em ambas o casco tem edifícios degradados. Nos arredores, a construção vai-se fazendo massivamente ao longo dos eixos rodoviários, sobretudo em Braga. Guimarães quer ir pelo mesmo caminho, o que pode significar muitas coisas.

Em Braga há excesso de construção, uma gritante falta de harmonia, entre espaços e edifícios, ausência de espaços verdes dignos, sobrelotação do parque automóvel, muito trânsito em horas de ponta, consequente ruído, prédios feios, centro desabitado e sem vida à noite...

Guimarães parece ter pensado numa estratégia mais contida nos índices de contrução, e os parques e o centro urbano (apesar de conter muitas espaços abandonados) dão muito mais vida à cidade. Muito mais de proximidade, diria até um carácter muito mais pedestre.

São breves linhas sobre alguns aspectos que se reflectem na relação que temos com o meio onde vivemos.
Rogeriomad disse…
Dá uma olhadela ao livro Cidade e Democracia. Estudos de caracterização de várias cidades, entre as quais, Braga e Guimarães.

http://georden.blogspot.com/2007/09/cidade-e-democracia-30-anos-de.html

Só foi pena não "descerem" até ao Algarve para estudarem Faro...
Edward Soja disse…
É...
Há um livrito (bem, é tudo menos de pequenas dimensões...) que também retrata este fenómeno do crescimento das nossas cidades.

Não sei precisar muito bem o título, mas acho que é "Portugal Visto do Céu"...
Também me parece boa escolha pare conhecermos melhor o que mudou neste país.

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