Móveis imóveis na urbe

Peca por tardia e talvez tímida a tertúlia de Março, que começa a escassos 6 dias do fim do mês. Mas valeu a pena andar a tirar fotos num dia pascal, pasmacento mas de saudável cavaqueira, na quase deserta cidade de Braga. Porque obrigou-me a ter tempo para olhá-la com olhos de turista, com algum espanto perante certos imóveis e situações à frente do nariz de qualquer um.

O tema sobre o qual desejamos reflectir é sobre o mobiliário urbano. E por isso, aqui trazemos algumas fotos para dar o mote. Podem parecer pormenores, mas são estes que ajudam a mudar a nossa percepção do espaço. E neste caso, pelo menos à noite, são literalmente importantes.



Fotos de Eduardo F., Braga - 23.03.2008

Os candeeiros acima representados portam marcas estéticos-culturais (que incluem, claro está, as possibilidades...) da altura em que foram feitos. A ordem por que estão apresentados os quatro últimos exemplos pode, assim, parecer cronológica. Mas não dispomos de dados para garantir que seja a correcta.

Os candeeiros devem antes de mais atingir o objectivo para que foram feitos (a iluminação). Não só porque a época contemporânea é utilitarista, mas também porque o que se pede a tudo o que se coloca nas cidades é que não estorvem. Ou que não ocupem muito espaço.

Duvido um pouco da eficácia do último candeeiro e parecem-me bem simples as formas oval e cilíndrica dos segundo e quarto exemplos, porque permitem a projecção da luz em todos os sentidos. Se o efeito pretendido for, obviamente, esse.

Porque se não for, compreendo melhor a forma do último: situa-se na Praça Conde de Agrolongo (mais conhecido como Campo da Vinha, ou como a praça com um mamarraxo que tapa a visão ampla da mesma e do Convento do Pópulo), orlada por outros postes de iluminação, pelo que uma iluminação mais discreta até dê um ar mais "espaçoso", com o seu tom amarelo... (na escuridão não se conseguem avaliar as distâncias, e penso que talvez tenha sido isso o que se procurou ali...).

E por aqui ficamos, por agora.

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