Bancos (para nos sentarmos)



Fotos: Eduardo F. - Braga, 23.03.2008

Na cidade de Braga, como aliás em todas as localidades, os bancos, ditos públicos, podem ser medidores dos espaços vazios (isto é, sem construção em altura). As praças costumam ser pontilhadas por eles. E o número destes aumenta com o daqueles.
Nas aldeias, sobretudo as do interior, em Trás-os-Montes, nas Beiras e no Alentejo, é frequente vê-los encostados às paredes das casas, onde sempre uma população já envelhecida passa horas, a descansar, conversar e até a trabalhar (a fiar, coser...)

Não se trata da questão do conforto, se bem que seja um factor importante. Porque o conforto não é um valor que depende apenas do objecto "banco", porque mais convidativo a nos sentarmos num é o meio que o envolve: se há muito movimento, se há carros nas proximidades imediatas (e o fumo e o barulho associados), se há jardim, se o espaço não se encontra sujo, etc., etc.)...

A durabilidade dos materiais é algo que notamos mais nuns casos que noutros, e não parece haver qualquer razão directa entre esta característica e o conforto (mas, por exemplo, e para quem o prefere, é raro haver bancos de pedra com encosto...)

Outro aspecto sobre os lugares feitos para nos sentarmos: a sua disposição. Está mais que batida (e é tão natural e óbvia que nem a questionamos) a sua orientação para o vazio central das praças, paralelos aos bordos. Mas nem sempre tem de ser assim, podendo assumir um carácter mais livre. Sem deixar de ter uma certa ordem (ver a penúltima foto)...

Por último, deixo-vos a reflectir sobre um móvel/imóvel demasiado habitual nas nossas cidades (visão parcial, em fundo, na última foto). Uma pessoa até se habitua. Os comerciantes queixam-se. Os turistas talvez não gostem, mas parece que isso pouco nos importa (tem de ser, não é?) (uma celeridade urgia...)

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