Um visão que se tornou realidade...
Há uns dias li este breve texto sobre a Quinta do Lago, que vos transcrevo na íntegra e com alguns comentários meus, entre parênteses e a vermelho:
"26 Abril de 1970...
Uma suave brisa primaveril envolvia André Jordan enquanto este caminhava por entre o pinhal e praia... (será que alguém, hoje, consegue caminhar, na Quinta do Lago, entre pinhal e praia sem ter um segurança à perna?
Claro que sim... mas, também, entre campos de golfe, moradias de luxo, hotéis, etc.)tinham-lhe dito que o Algarve estava prestes a tornar-se numa mina de ouro... (uma mina de ouro para alguns, um buraco já sem minério para muitos...)
Na época, um terreno com uma área de 550 hectares (ora, isto dá X campos de golfe, X moradias de luxo, X hotéis, X...), fora propriedade da família Pinto de Magalhães por mais de 3 séculos; depois de algumas dificuldades para encontrar o sítio, ele chegou à antiga casa da Quinta, hoje a Casa Velha; a vista era estonteante (pois era, o meu pai também me disse isso!) e Jordan comentou: “Este é o sítio!” E assim, uma visão se tornaria realidade. (Quem bom, estamos todos felizes!)
As negociações para fechar a compra demoraram cerca de 12 meses e Jordan rodeou-se de um grupo de colaboradores de reconhecido mérito internacional, cujas capacidades ele admirava há muito. O primeiro Plano Geral foi concebido por um grupo de arquitectos e engenheiros liderados por Pedro Vasconcelos e Luís Nobre Guedes. (Se foi por arquitectos e engenheiros, estamos descansados!).
A filosofia da Quinta do Lago era oferecer aos seus clientes (Clientes? O território será sempre um produto!), quando eles assim o desejem, a possibilidade de desfrutarem de privacidade, tranquilidade e isolamento (Qualquer empresa de segurança trata disso!) e, ao mesmo tempo, de uma activa vida social e desportiva conjugada com uma ampla gama de infra-estruturas de lazer. (Pois, pena essas infra-estruturas não serem acessíveis à comunidade).
Uma eficaz campanha de publicidade e marketing, que visava a elite dos EUA e Europa, cedo começou a dar os seus frutos. A Quinta do Lago começou a atrair as atenções de uma série de nomes sonantes da aristocracia, da alta sociedade, do mundo da política, dos negócios e do desporto.
“O período que teve início em finais de 1973 foi de enorme crescimento e vinham compradores de todo o lado, incluindo Portugal, Bélgica e França... nos dias que se seguiram à Páscoa de 1974, foram vendidos 50 lotes em apenas uma semana”, disse-nos Capela, então no Dept. de Vendas (1972).
Mas, com o 25 de Abril em 1974, o sonho de Jordan tornar-se-ia num pesadelo. ("pesadelo"... Começou a dormir com insónias... pronto!)
Em 1975 o estado Português tomou conta da Quinta do Lago. (Poxa! Antes os privados que o Estado a gerir um aldeamento turístico) Jordan volta ao Brasil, e em 1982, quando regressou, apenas o campo de golfe sob os cuidados de Mário Barruncho, se apresentava em condições razoáveis. O mercado imobiliário tinha estagnado. “As vendas pararam por completo e, claro, alguns dos clientes que tinham reservado lotes, retraíram-se”, recorda Capela. (Afinal o 25 de Abril foi mau).
Mas a equipa de trabalhadores (De trabalhadores? Ou de exploradores? Ah! Referem-se à maioria dos retornados e operários da construção civil que ergueram a Quinta do Lago) nunca parou e continuou a acreditar no futuro do empreendimento (onde há lucro, há sempre futuro!); em 1981 a Planal voltou às mãos dos seus accionistas.
Decidido a fazer voltar a Quinta do Lago à sua forma inicial e a convencer potenciais compradores da sua viabilidade, Jordan começa a sondar grandes empresas com vista a atrair novos investidores interessados, não nos pequenos lotes, mas em grandes projectos, e em 1985 já tinha transformado as dívidas de cerca de 8 milhões de dólares em activos no valor de mais de 30 milhões de dólares.
Em 1987, Jordan vende a Planal S.A a um consórcio inglês liderado por Roger Abraham e David Thompson, enquanto a Quinta do Lago goza ainda dos benefícios do incremento imobiliário no Algarve. Em 1989 Abraham vende o consórcio e Thompson nomeia Domingos da Silva Administrador da Planal S.A. e das empresas associadas.
Domingos da Silva tinha agora nas suas mãos a difícil tarefa de manter a imagem da Quinta do Lago e enfrentar a concorrência emergente, criada pelos vários empreendimentos de categoria elevada que surgiram ao longo da costa algarvia (Quantos são? Já são centenas?).
Os anos 90 assistiram à consagração da Quinta do Lago, não só como um dos mais importantes empreendimentos turísticos da Europa, mas também, como líder do turismo de qualidade no Algarve, facto comprovado pelos vários prémios que recebeu. (Sempre acreditei no potencial da Reserva Natural da Ria Formosa).
Em Julho de 1998 os donos da Quinta do Lago mudaram de proprietários e a família Thompson vendeu a Planal, S.A à família O’Brien da Irlanda, os actuais proprietários."
"26 Abril de 1970...
Uma suave brisa primaveril envolvia André Jordan enquanto este caminhava por entre o pinhal e praia... (será que alguém, hoje, consegue caminhar, na Quinta do Lago, entre pinhal e praia sem ter um segurança à perna?
Claro que sim... mas, também, entre campos de golfe, moradias de luxo, hotéis, etc.)tinham-lhe dito que o Algarve estava prestes a tornar-se numa mina de ouro... (uma mina de ouro para alguns, um buraco já sem minério para muitos...)
Na época, um terreno com uma área de 550 hectares (ora, isto dá X campos de golfe, X moradias de luxo, X hotéis, X...), fora propriedade da família Pinto de Magalhães por mais de 3 séculos; depois de algumas dificuldades para encontrar o sítio, ele chegou à antiga casa da Quinta, hoje a Casa Velha; a vista era estonteante (pois era, o meu pai também me disse isso!) e Jordan comentou: “Este é o sítio!” E assim, uma visão se tornaria realidade. (Quem bom, estamos todos felizes!)
As negociações para fechar a compra demoraram cerca de 12 meses e Jordan rodeou-se de um grupo de colaboradores de reconhecido mérito internacional, cujas capacidades ele admirava há muito. O primeiro Plano Geral foi concebido por um grupo de arquitectos e engenheiros liderados por Pedro Vasconcelos e Luís Nobre Guedes. (Se foi por arquitectos e engenheiros, estamos descansados!).
A filosofia da Quinta do Lago era oferecer aos seus clientes (Clientes? O território será sempre um produto!), quando eles assim o desejem, a possibilidade de desfrutarem de privacidade, tranquilidade e isolamento (Qualquer empresa de segurança trata disso!) e, ao mesmo tempo, de uma activa vida social e desportiva conjugada com uma ampla gama de infra-estruturas de lazer. (Pois, pena essas infra-estruturas não serem acessíveis à comunidade).
Uma eficaz campanha de publicidade e marketing, que visava a elite dos EUA e Europa, cedo começou a dar os seus frutos. A Quinta do Lago começou a atrair as atenções de uma série de nomes sonantes da aristocracia, da alta sociedade, do mundo da política, dos negócios e do desporto.
“O período que teve início em finais de 1973 foi de enorme crescimento e vinham compradores de todo o lado, incluindo Portugal, Bélgica e França... nos dias que se seguiram à Páscoa de 1974, foram vendidos 50 lotes em apenas uma semana”, disse-nos Capela, então no Dept. de Vendas (1972).
Mas, com o 25 de Abril em 1974, o sonho de Jordan tornar-se-ia num pesadelo. ("pesadelo"... Começou a dormir com insónias... pronto!)
Em 1975 o estado Português tomou conta da Quinta do Lago. (Poxa! Antes os privados que o Estado a gerir um aldeamento turístico) Jordan volta ao Brasil, e em 1982, quando regressou, apenas o campo de golfe sob os cuidados de Mário Barruncho, se apresentava em condições razoáveis. O mercado imobiliário tinha estagnado. “As vendas pararam por completo e, claro, alguns dos clientes que tinham reservado lotes, retraíram-se”, recorda Capela. (Afinal o 25 de Abril foi mau).
Mas a equipa de trabalhadores (De trabalhadores? Ou de exploradores? Ah! Referem-se à maioria dos retornados e operários da construção civil que ergueram a Quinta do Lago) nunca parou e continuou a acreditar no futuro do empreendimento (onde há lucro, há sempre futuro!); em 1981 a Planal voltou às mãos dos seus accionistas.
Decidido a fazer voltar a Quinta do Lago à sua forma inicial e a convencer potenciais compradores da sua viabilidade, Jordan começa a sondar grandes empresas com vista a atrair novos investidores interessados, não nos pequenos lotes, mas em grandes projectos, e em 1985 já tinha transformado as dívidas de cerca de 8 milhões de dólares em activos no valor de mais de 30 milhões de dólares.
Em 1987, Jordan vende a Planal S.A a um consórcio inglês liderado por Roger Abraham e David Thompson, enquanto a Quinta do Lago goza ainda dos benefícios do incremento imobiliário no Algarve. Em 1989 Abraham vende o consórcio e Thompson nomeia Domingos da Silva Administrador da Planal S.A. e das empresas associadas.
Domingos da Silva tinha agora nas suas mãos a difícil tarefa de manter a imagem da Quinta do Lago e enfrentar a concorrência emergente, criada pelos vários empreendimentos de categoria elevada que surgiram ao longo da costa algarvia (Quantos são? Já são centenas?).
Os anos 90 assistiram à consagração da Quinta do Lago, não só como um dos mais importantes empreendimentos turísticos da Europa, mas também, como líder do turismo de qualidade no Algarve, facto comprovado pelos vários prémios que recebeu. (Sempre acreditei no potencial da Reserva Natural da Ria Formosa).
Em Julho de 1998 os donos da Quinta do Lago mudaram de proprietários e a família Thompson vendeu a Planal, S.A à família O’Brien da Irlanda, os actuais proprietários."
Fotos e texto retirado de quintadolago.com
Apesar de ter nascido no início da década de 80, como algarvio, este texto despretou em mim algo muito forte. Quase que me chegaram as lágrimas aos olhos quando o acabei de ler.
Ainda bem que há pessoas como o Jordan que conseguem concretizar os seus sonhos e de mais alguns...
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