O Sétimo Selo - energia e hidrogénio
(Continuação)
José Rodrigues dos Santos (JRS) procura sempre a pedagogia. Está tudo nos livros, costuma(va) dizer-se. Bem, em muitos, não em todos... Pelo menos, quem leu este ficou a saber muitas coisas.
É mesmo nos últimos capítulos desta obra (não sei porque lhe chamou romance, ficava mais bem catalogado como policial...) que se explica, tal como se estivéssemos numa aula de física - boquiabertos com o entusiasmo e o interesse suscitados por tanta clareza - o processo de produção de energia através do Hidrogénio.
A utilização deste recurso para produzirmos energia vai ser - segundo o que JRS põe nas bocas dos cientistas - a salvação do planeta. Se lá chegarmos, claro.
(Ai estas últimas duas frases suscitaram alguma acusação, ao escritor, de alarmismo? Tal como nos telejornais, em que o mais importante fica para a segunda parte, esperem até próximos estratos.) É sobre ele que vamos falar aqui, porque o Georden também é pedagógico.
O Hidrogénio foi o primeiro átomo a ser criado após o Big Bang, é o mais abundante no universo, o primeiro da tabela periódica e o mais simples de todos os átomos conhecidos.
Apesar de abundante, por ser altamente reactivo, é quase impossível encontrá-lo no seu estado puro. Porque se associa aos átomos do meio em que se encontra. Ao juntar-se o hidrogénio armazena energia.
A fotossíntese provoca a cisão das moléculas da água que existe nas plantas. "O oxigénio e o hidrogénio separam-se. Mas devido àquele "ódio à solidão", o hidrogénio vai logo associar-se ao carbono, formando os hidratos de carbono. É por estarem carregados da energia solar (ganhos com a fotossíntese), que os açucares são altamente energéticos.
Ao comermos esse açúcar o nosso metabolismo vai dissociar os átomos do hidrogénio dos de carbono. O hidrogénio volta a juntar-se então ao oxigénio, originando moléculas de água, perdendo para isso o calor que tinha armazenado - "funciona como a fotossíntese ao contrário". Daí que o nosso corpo liberte calor. Mas essa energia pode assumir outras formas, como as energias eléctrica, mecânica e química.
"E o que é interessante é que essa energia, em vez de ser libertada, também pode ser guardada por milhões e milhões de anos. (...)" Se as folhas das plantas não forem comidas por nenhum animal ou queimadas num incêndio, mas, em vez disso, caírem ao chão e se forem enterrando, ao fim de muito tempo transformar-se-ão em... carvão. Ora, que uso damos nós ao carvão?"
Ao queimarmos o carvão ou qualquer outro hidrocarboneto (petróleo e gás), a energia solar liberta-se. "O hidrogénio larga o carbono e associa-se ao oxigénio, (...) e o carbono, que também ficou sozinho, também se associa ao oxigénio, criando o dióxido de carbono."
"- Se bem entendi, a energia não está no carbono (...) Está no hidrogénio"
Depois de falar de quais os hidrocarbonetos mais energéticos o cientista pergunta:
" E se, em vez de queimarmos um combustível que tem carbono e hidrogénio, queimarmos apenas hidrogénio?"
(...)
Ou seja, eu não preciso do carvão, do petróleo ou do gás natural para nada. Apenas preciso do hidrogénio"
A resposta àquela importantíssima pergunta é que deixamos de produzir dióxido de carbono. Simplesmente porque sem carbono, não há dióxido de carbono...
Então, voltamos ao princípio: aonde vamos nós buscar hidrogénio em estado puro?
A resposta é também simples: à água. Vamos buscar o hidrogénio da água, através da electrólise, que não é mais que um processo de decomposição química através de uma corrente eléctrica.
Submetidos a essa energia os átomos de hidrogénio separam-se dos de oxigénio e juntam-se aos seus semelhantes, com essa energia armazenada. Se invertermos o processo, voltamos a ter água. Com a vantagem de podermos usar aquela energia armazenada, que então se liberta.
José Rodrigues dos Santos (JRS) procura sempre a pedagogia. Está tudo nos livros, costuma(va) dizer-se. Bem, em muitos, não em todos... Pelo menos, quem leu este ficou a saber muitas coisas.
É mesmo nos últimos capítulos desta obra (não sei porque lhe chamou romance, ficava mais bem catalogado como policial...) que se explica, tal como se estivéssemos numa aula de física - boquiabertos com o entusiasmo e o interesse suscitados por tanta clareza - o processo de produção de energia através do Hidrogénio.
A utilização deste recurso para produzirmos energia vai ser - segundo o que JRS põe nas bocas dos cientistas - a salvação do planeta. Se lá chegarmos, claro.
(Ai estas últimas duas frases suscitaram alguma acusação, ao escritor, de alarmismo? Tal como nos telejornais, em que o mais importante fica para a segunda parte, esperem até próximos estratos.) É sobre ele que vamos falar aqui, porque o Georden também é pedagógico.
O Hidrogénio foi o primeiro átomo a ser criado após o Big Bang, é o mais abundante no universo, o primeiro da tabela periódica e o mais simples de todos os átomos conhecidos.
Apesar de abundante, por ser altamente reactivo, é quase impossível encontrá-lo no seu estado puro. Porque se associa aos átomos do meio em que se encontra. Ao juntar-se o hidrogénio armazena energia.
A fotossíntese provoca a cisão das moléculas da água que existe nas plantas. "O oxigénio e o hidrogénio separam-se. Mas devido àquele "ódio à solidão", o hidrogénio vai logo associar-se ao carbono, formando os hidratos de carbono. É por estarem carregados da energia solar (ganhos com a fotossíntese), que os açucares são altamente energéticos.
Ao comermos esse açúcar o nosso metabolismo vai dissociar os átomos do hidrogénio dos de carbono. O hidrogénio volta a juntar-se então ao oxigénio, originando moléculas de água, perdendo para isso o calor que tinha armazenado - "funciona como a fotossíntese ao contrário". Daí que o nosso corpo liberte calor. Mas essa energia pode assumir outras formas, como as energias eléctrica, mecânica e química.
"E o que é interessante é que essa energia, em vez de ser libertada, também pode ser guardada por milhões e milhões de anos. (...)" Se as folhas das plantas não forem comidas por nenhum animal ou queimadas num incêndio, mas, em vez disso, caírem ao chão e se forem enterrando, ao fim de muito tempo transformar-se-ão em... carvão. Ora, que uso damos nós ao carvão?"
Ao queimarmos o carvão ou qualquer outro hidrocarboneto (petróleo e gás), a energia solar liberta-se. "O hidrogénio larga o carbono e associa-se ao oxigénio, (...) e o carbono, que também ficou sozinho, também se associa ao oxigénio, criando o dióxido de carbono."
"- Se bem entendi, a energia não está no carbono (...) Está no hidrogénio"
Depois de falar de quais os hidrocarbonetos mais energéticos o cientista pergunta:
" E se, em vez de queimarmos um combustível que tem carbono e hidrogénio, queimarmos apenas hidrogénio?"
(...)
Ou seja, eu não preciso do carvão, do petróleo ou do gás natural para nada. Apenas preciso do hidrogénio"
A resposta àquela importantíssima pergunta é que deixamos de produzir dióxido de carbono. Simplesmente porque sem carbono, não há dióxido de carbono...
Então, voltamos ao princípio: aonde vamos nós buscar hidrogénio em estado puro?
A resposta é também simples: à água. Vamos buscar o hidrogénio da água, através da electrólise, que não é mais que um processo de decomposição química através de uma corrente eléctrica.
Submetidos a essa energia os átomos de hidrogénio separam-se dos de oxigénio e juntam-se aos seus semelhantes, com essa energia armazenada. Se invertermos o processo, voltamos a ter água. Com a vantagem de podermos usar aquela energia armazenada, que então se liberta.
Imagem animada extraída de Hydrogen-FC
Para podermos fazer isso precisamos de uma caixa, com duas partes que separam oxigénio e hidrogénio. Na parte deste elemento "posicionamos um metal especial, designado catalista, de modo a provocar uma reacção química que forçará os átomos de hidrogénio a soltarem-se." Como "não suportam a solidão", vão associar-se ao oxigénio, através de um segundo corredor, "instalando um fio metálico entre os dois lados da caixa".
"- O protão do átomo de hidrogénio passa pelo electrólito e o electrão tem de ir pelo fio metálico."
"(...) Um electrão é, na prática, uma descarga de corrente eléctrica, o que significa que a sua deslocação liberta energia sob uma forma que pode ser usada para o que quisermos".
Para o que quisermos!
Se TODOS quisermos, porque se os que têm os meios não quiserem, continuaremos a percorrer este caminho sem futuro e que não muda.
"- O protão do átomo de hidrogénio passa pelo electrólito e o electrão tem de ir pelo fio metálico."
"(...) Um electrão é, na prática, uma descarga de corrente eléctrica, o que significa que a sua deslocação liberta energia sob uma forma que pode ser usada para o que quisermos".
Para o que quisermos!
Se TODOS quisermos, porque se os que têm os meios não quiserem, continuaremos a percorrer este caminho sem futuro e que não muda.
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