Coisas Concretas
"Aqui em Montana fazemos a nossa vida fora de casa (...) e por isso sabemos quando o clima está a mudar"
(...)
Todos os anos, o Estado verifica a temperatura dos seus rios de trutas em Julho. As trutas gostam dos rios cujas águas são esfriadas pelo efeito da corrente proveniente das montanhas glaciares durante o Verão. Infelizmente, na última década, a camada de neve nalgumas montanhas derreteu toda em Julho, por isso os rios não estão a receber essa corrente fria e a truta está a ficar sob stress. A temperatura do famoso rio Flathead de Montana, que flui directamente do Glacier National Park, era de 11,3 graus centígrados em Julho de 1979 (...). Em Julho de 2006, era de 15,95 graus centígrados no mesmo mês e os rios que 20 anos antes corriam com cerca de cem por cento de neve derretida correm agora com 50 por cento de água da chuva e de nascentes. A truta de Montana tornou-se tão "stressada" que o Estado teve de vedar alguns rios à pesca.
(...)
E depois há os fogos florestais. A noroeste de Montana, as montanhas estão cobertas de abetos e lariços até ao limite florestal. Devido à subida média das temperaturas no Inverno, as árvores tornaram-se muito mais vulneráveis a insectos e outras pragas, cujas larvas normalmente morriam a temperaturas entre os 29 e os 35 graus negativos, temperaturas que eram habituais todos os Invernos, nos meses de Janeiro e Fevereiro. E tal não tem acontecido nos últimos anos.
"Agora temos hectares e hectares de árvores mortas ou moribundas nas montanhas rochosas (...) A Natureza tem o seu próprio método de lidar com o assunto - através de relâmpagos. Uma floresta saudável arderá um pouco e a seguir cai alguma chuva e volta a ficar tudo equilibrado. Agora, com tantas árvores mortas ou moribundas, cai um relâmpago e bum, ardem 200 mil hectares de árvores. Isso está a alterar toda a composição da floresta"
(pp. 138-139)
No seguimento dos avisos chocantemente expostos em "O Sétimo Selo", estamos a ler "Quente, Plano e Cheio", de Thomas L. Friedman (Actual Editora) e não resistimos a vir transcrever esta passagem. Não estranheis se viermos com outras...
Se pudermos alterar hábitos que até agora encarámos como insignificantes, mas que, grão a grão, vão enchendo o papo desta galinha colossal que estamos a enfrentar... pensemos que vale a pena gastar energia para nos transmitirmos novas concepções. De vida, não de morte anunciada, como as que temos vindo a ter, despreocupada e alegramente, desde a Revolução Industrial do Séc. XVIII...
Sustentemos o Sustentável.
Não é uma questão de ética ou de política.
É de vida ou morte.
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Todos os anos, o Estado verifica a temperatura dos seus rios de trutas em Julho. As trutas gostam dos rios cujas águas são esfriadas pelo efeito da corrente proveniente das montanhas glaciares durante o Verão. Infelizmente, na última década, a camada de neve nalgumas montanhas derreteu toda em Julho, por isso os rios não estão a receber essa corrente fria e a truta está a ficar sob stress. A temperatura do famoso rio Flathead de Montana, que flui directamente do Glacier National Park, era de 11,3 graus centígrados em Julho de 1979 (...). Em Julho de 2006, era de 15,95 graus centígrados no mesmo mês e os rios que 20 anos antes corriam com cerca de cem por cento de neve derretida correm agora com 50 por cento de água da chuva e de nascentes. A truta de Montana tornou-se tão "stressada" que o Estado teve de vedar alguns rios à pesca.
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E depois há os fogos florestais. A noroeste de Montana, as montanhas estão cobertas de abetos e lariços até ao limite florestal. Devido à subida média das temperaturas no Inverno, as árvores tornaram-se muito mais vulneráveis a insectos e outras pragas, cujas larvas normalmente morriam a temperaturas entre os 29 e os 35 graus negativos, temperaturas que eram habituais todos os Invernos, nos meses de Janeiro e Fevereiro. E tal não tem acontecido nos últimos anos.
"Agora temos hectares e hectares de árvores mortas ou moribundas nas montanhas rochosas (...) A Natureza tem o seu próprio método de lidar com o assunto - através de relâmpagos. Uma floresta saudável arderá um pouco e a seguir cai alguma chuva e volta a ficar tudo equilibrado. Agora, com tantas árvores mortas ou moribundas, cai um relâmpago e bum, ardem 200 mil hectares de árvores. Isso está a alterar toda a composição da floresta"
(pp. 138-139)
No seguimento dos avisos chocantemente expostos em "O Sétimo Selo", estamos a ler "Quente, Plano e Cheio", de Thomas L. Friedman (Actual Editora) e não resistimos a vir transcrever esta passagem. Não estranheis se viermos com outras...
Se pudermos alterar hábitos que até agora encarámos como insignificantes, mas que, grão a grão, vão enchendo o papo desta galinha colossal que estamos a enfrentar... pensemos que vale a pena gastar energia para nos transmitirmos novas concepções. De vida, não de morte anunciada, como as que temos vindo a ter, despreocupada e alegramente, desde a Revolução Industrial do Séc. XVIII...
Sustentemos o Sustentável.
Não é uma questão de ética ou de política.
É de vida ou morte.
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