Quem Te Vê ?
Não sei se tendes visto os documentários que a RTP tem passado, a propósito do evento do próximo dia 7, o Live Earth. Bem, na segunda o tema do programa foi interessante e enervante, se se pode dizer assim.
Falaram das tentativas de o Homem, não de prever, mas de controlar os estados do tempo. Os Estados andaram muitas vezes por trás dessas façanhas, quase nunca por bons motivos.
Houve (e há) um pouco de tudo, recorrendo a tecnologias das mais simples às mais evoluídas:
- a famosa técnica de lançar iodeto de prata para, com esses núcleos de condensação, precipitar a formação de nuvens;
- o lançamento de um produto sintético (que absorve não sei quantas vezes o seu peso em humidade) em furacões e tempestades, para diminuir a sua energia;
- a criação de uma fina película de uma substância no oceano atlântico, que impediria a evaporação e alimentação dos furacões, condicionando a sua formação e direcção;
- a detonação antecipada de explosivos junto a nuvens (pois os geofísicos concluíram que os furacões se alimentam da energia dos raios), para impedir estragos em zonas mais graves;
- o aquecimento da ionosfera (diziam que podiam aquecê-la até 50 mil graus célsius) através de ondas de rádio, o que faria as correntes de jacto elevarem-se em altitude (não percebi muito bem este estrategema...)
Enfim...
E pergunto-me: como é que somos capazes de acreditar que podemos modificar os estados do tempo, com tudo isto, e não somos capazes de acreditar que podemos modificar os estados do tempo?
Acho que ficamos confusos, não foi? Pois é absurdo. Uma contradição.
Ou seja, está provado (para quem é céptico, digo de outra forma: é cada vez mais consensual) que o Homem contribuiu (e continua a fazê-lo) para o aquecimento global. Parece que nisso já muitos acreditam.
Que diferença vemos então entre "acreditar que podemos mudar" e em "acreditar que podemos mudar"? Eu não vejo diferença alguma. Apenas vejo energias a serem mal canalizadas. A querermos um estado mais natural e equilibrado de formas artificiais e forçadas.
Isto tem, mais uma vez, que ver com as concepções que temos do mundo. E parece-me que muitas delas entrarão em extinção a breve prazo. Mas que vê isso?...
Falaram das tentativas de o Homem, não de prever, mas de controlar os estados do tempo. Os Estados andaram muitas vezes por trás dessas façanhas, quase nunca por bons motivos.
Houve (e há) um pouco de tudo, recorrendo a tecnologias das mais simples às mais evoluídas:
- a famosa técnica de lançar iodeto de prata para, com esses núcleos de condensação, precipitar a formação de nuvens;
- o lançamento de um produto sintético (que absorve não sei quantas vezes o seu peso em humidade) em furacões e tempestades, para diminuir a sua energia;
- a criação de uma fina película de uma substância no oceano atlântico, que impediria a evaporação e alimentação dos furacões, condicionando a sua formação e direcção;
- a detonação antecipada de explosivos junto a nuvens (pois os geofísicos concluíram que os furacões se alimentam da energia dos raios), para impedir estragos em zonas mais graves;
- o aquecimento da ionosfera (diziam que podiam aquecê-la até 50 mil graus célsius) através de ondas de rádio, o que faria as correntes de jacto elevarem-se em altitude (não percebi muito bem este estrategema...)
Enfim...
E pergunto-me: como é que somos capazes de acreditar que podemos modificar os estados do tempo, com tudo isto, e não somos capazes de acreditar que podemos modificar os estados do tempo?
Acho que ficamos confusos, não foi? Pois é absurdo. Uma contradição.
Ou seja, está provado (para quem é céptico, digo de outra forma: é cada vez mais consensual) que o Homem contribuiu (e continua a fazê-lo) para o aquecimento global. Parece que nisso já muitos acreditam.
Que diferença vemos então entre "acreditar que podemos mudar" e em "acreditar que podemos mudar"? Eu não vejo diferença alguma. Apenas vejo energias a serem mal canalizadas. A querermos um estado mais natural e equilibrado de formas artificiais e forçadas.
Isto tem, mais uma vez, que ver com as concepções que temos do mundo. E parece-me que muitas delas entrarão em extinção a breve prazo. Mas que vê isso?...
Comentários
E vê a Ministra da Educação a dizer: "Só podem criticar o Governo nos becos, esquinas e nos cafés... etc. blá blá..."
ahah
Muito bom...
Ainda eu não acredito...