Isto anda tudo ao contrário!
Uma notícia a propósito do PENDR. (Apesar da clonagem, fazemo-lhe uns apêndices que o presidente da LPN acaba de dizer no programa Sociedade Civil, de Fernanda Freitas, na 2:).
Portugal é o país da Europa com solos de pior qualidade e aquele que tem a maior área "betonizada" por habitante, mas apesar desta realidade, Eugénio Sequeira disse que os grandes projectos dos últimos governos têm agravado esta situação.
"Temos os casos de partes do traçado do TGV e das plataformas logísticas da Margem Sul do Tejo e de Castanheira do Ribatejo que vão ser construídas em solos de qualidade, quando existem outros locais alternativos", afirmou o especialista em entrevista à Lusa, admitindo, no entanto, que as alternativas seriam mais dispendiosas.
Como exemplos de solos férteis refere o Algarve, Península de Setúbal, costa norte de Lisboa e o interior de Coimbra.
Eugénio Sequeira defendeu que o Governo deve ponderar quais são as suas prioridades e avaliar se vale a pena gastar mais dinheiro para Portugal manter disponíveis alguns solos ricos para uma emergência.
"Sessenta por cento da nossa comida é importada. Se um dia temos um problema com os transportes, ou com o preço dos combustíveis, não seria útil ter solos férteis para assegurar a nossa sobrevivência?", questionou.
O especialista defendeu que os solos mais férteis devem ser usados como espaços verdes ou de lazer, ou usados para fins agrícolas, e lembrou que a Inglaterra usou o Hyde Park para cultivar batatas quando esteve em guerra.
"Existe por todo o país um problema de falta de espaços verdes. Devia haver pelo menos 30 metros quadrados (m2) de estrutura verde nas zonas urbanas por cada habitante. Londres tem 50 m2, enquanto por exemplo, o concelho de Cascais tem entre três a sete m2".
Quando analisada a qualidade, em Portugal apenas quatro por cento dos solos são competitivos em termos agrícolas, enquanto na Alemanha a percentagem sobe para 20 por cento e em França para 30 por cento.
Eugénio Sequeira, que é também presidente da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), diz que a Comissão Europeia tem alertado para que os solos de boa qualidade não sejam "betonizados", mas "os projectos de construção não chegam a ser travados porque o projecto da directiva solos é fraco".
Por isso, propõe que seja introduzido na directiva que os melhores solos têm de ser salvos da "betonização", o que o projecto da lei europeia não contempla, dado que "para os países do Norte este não é o principal problema dos solos".
Fonte: Confagri - Lusa
Frases (ainda frescas na memória):
"A política do trigo deu resultados, durante cerca de 20 anos. Mas a diferença é visível de satélite, com a fronteira. Por causa dessa exigência que lhe foi feita, perderam-se 30 cm de solo. Isso demora 7500 anos a formar-se."
Referindo-se à cultura do regadio (com financiamentos gritantemente desequilibrados)
"O desenvolvimento rural continua a apoiar-se na degradação dos recursos. Ora, isso não pode ser. Porque depois acabou. Não há mais. Esta estratégia tem que mudar. - Nos anos 30, para a indústria, o que era bom eram chaminés a deitar fumo. Ora, essa moda passou. Hoje já ninguém quer isso!"
Comportamo-nos como extra-terrestres...
Portugal é o país da Europa com solos de pior qualidade e aquele que tem a maior área "betonizada" por habitante, mas apesar desta realidade, Eugénio Sequeira disse que os grandes projectos dos últimos governos têm agravado esta situação.
"Temos os casos de partes do traçado do TGV e das plataformas logísticas da Margem Sul do Tejo e de Castanheira do Ribatejo que vão ser construídas em solos de qualidade, quando existem outros locais alternativos", afirmou o especialista em entrevista à Lusa, admitindo, no entanto, que as alternativas seriam mais dispendiosas.
Como exemplos de solos férteis refere o Algarve, Península de Setúbal, costa norte de Lisboa e o interior de Coimbra.
Eugénio Sequeira defendeu que o Governo deve ponderar quais são as suas prioridades e avaliar se vale a pena gastar mais dinheiro para Portugal manter disponíveis alguns solos ricos para uma emergência.
"Sessenta por cento da nossa comida é importada. Se um dia temos um problema com os transportes, ou com o preço dos combustíveis, não seria útil ter solos férteis para assegurar a nossa sobrevivência?", questionou.
O especialista defendeu que os solos mais férteis devem ser usados como espaços verdes ou de lazer, ou usados para fins agrícolas, e lembrou que a Inglaterra usou o Hyde Park para cultivar batatas quando esteve em guerra.
"Existe por todo o país um problema de falta de espaços verdes. Devia haver pelo menos 30 metros quadrados (m2) de estrutura verde nas zonas urbanas por cada habitante. Londres tem 50 m2, enquanto por exemplo, o concelho de Cascais tem entre três a sete m2".
Quando analisada a qualidade, em Portugal apenas quatro por cento dos solos são competitivos em termos agrícolas, enquanto na Alemanha a percentagem sobe para 20 por cento e em França para 30 por cento.
Eugénio Sequeira, que é também presidente da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), diz que a Comissão Europeia tem alertado para que os solos de boa qualidade não sejam "betonizados", mas "os projectos de construção não chegam a ser travados porque o projecto da directiva solos é fraco".
Por isso, propõe que seja introduzido na directiva que os melhores solos têm de ser salvos da "betonização", o que o projecto da lei europeia não contempla, dado que "para os países do Norte este não é o principal problema dos solos".
Fonte: Confagri - Lusa
Frases (ainda frescas na memória):
"A política do trigo deu resultados, durante cerca de 20 anos. Mas a diferença é visível de satélite, com a fronteira. Por causa dessa exigência que lhe foi feita, perderam-se 30 cm de solo. Isso demora 7500 anos a formar-se."
Referindo-se à cultura do regadio (com financiamentos gritantemente desequilibrados)
"O desenvolvimento rural continua a apoiar-se na degradação dos recursos. Ora, isso não pode ser. Porque depois acabou. Não há mais. Esta estratégia tem que mudar. - Nos anos 30, para a indústria, o que era bom eram chaminés a deitar fumo. Ora, essa moda passou. Hoje já ninguém quer isso!"
Comportamo-nos como extra-terrestres...
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