Ecologia por um leigo
Dentre as inúmeras e preciosas cartas que têm endereçado para a Georden, não pudemos deixar passar esta em branco. É de um leitor assíduo que pediu para manter o anonimato. Daqui prà frente vamos chamar-lhe X. O leitor X escreveu-nos, explica ele no início da sua carta, porque deu por si a pensar nas relações entre a cadeia alimentar e os seres vivos e algumas dúvidas lhe surgiram. Vamos partilhá-las aqui convosco.
“Já pensaram qual é a relação entre o tamanho dos seres vivos e o sítio onde vivem? Eu pus-me a pensar e concluí que o tamanho de um animal, ou de uma planta, está relacionado com a disponibilidade de biomassa no ecossistema em que ele vive.
Pois se os elefantes são grandes é porque têm alimento para comer. Ou por exemplo os dinossauros: eram grandes, não eram? Isso era porque havia muita comida.
Bem, depois, ultrapassada esta minha descoberta, inferi que, na falta de alimento, animais e plantas começam a ficar mais pequenos. Isto, ao longo das gerações e do tempo, claro. Não é lógico este raciocínio?
Outra coisa que me preocupa é a questão da cadeia alimentar. Ora, se andamos a comer-nos uns aos outros, como posso eu deixar de comer toda a porcaria que eu dou de comer aos meus animais? Acho que isto faz sentido, mas dir-me-ão algo sobre o assunto.
E mais. A relação entre o tamanho e a quantidade dos seres vivos. Lembrei-me da extinção dos dinossauros. Haveria hoje espaço para eles andarem por cá? Ora, se a disponibilidade em alimento vai decrescendo, e se os animais grandes precisam de comer mais, então a tendência é para haver animais cada vez mais pequenos. Os grandes extinguem-se. Não será assim? Quantas baleias há no mundo? De certeza que há menos que vacas. Ou moscas… Ei! Moscas é que deve haver!!! São tão pequeninas. Eu acho que tenho razão no que estou a dizer. Ora, vejam este quadro.
Vêem a relação entre o tamanho, ou o peso, é a mesma coisa, dos seres vivos e a quantidade em que eles coexistem num dado ecossistema? Respondam-me a isto.
(…)”
Retirado de "Biologia do Meio Ambiente", de Jorge Lima e Mário Freitas (Ed. Asa)
“Já pensaram qual é a relação entre o tamanho dos seres vivos e o sítio onde vivem? Eu pus-me a pensar e concluí que o tamanho de um animal, ou de uma planta, está relacionado com a disponibilidade de biomassa no ecossistema em que ele vive.
Pois se os elefantes são grandes é porque têm alimento para comer. Ou por exemplo os dinossauros: eram grandes, não eram? Isso era porque havia muita comida.
Bem, depois, ultrapassada esta minha descoberta, inferi que, na falta de alimento, animais e plantas começam a ficar mais pequenos. Isto, ao longo das gerações e do tempo, claro. Não é lógico este raciocínio?
Outra coisa que me preocupa é a questão da cadeia alimentar. Ora, se andamos a comer-nos uns aos outros, como posso eu deixar de comer toda a porcaria que eu dou de comer aos meus animais? Acho que isto faz sentido, mas dir-me-ão algo sobre o assunto.
E mais. A relação entre o tamanho e a quantidade dos seres vivos. Lembrei-me da extinção dos dinossauros. Haveria hoje espaço para eles andarem por cá? Ora, se a disponibilidade em alimento vai decrescendo, e se os animais grandes precisam de comer mais, então a tendência é para haver animais cada vez mais pequenos. Os grandes extinguem-se. Não será assim? Quantas baleias há no mundo? De certeza que há menos que vacas. Ou moscas… Ei! Moscas é que deve haver!!! São tão pequeninas. Eu acho que tenho razão no que estou a dizer. Ora, vejam este quadro.
Vêem a relação entre o tamanho, ou o peso, é a mesma coisa, dos seres vivos e a quantidade em que eles coexistem num dado ecossistema? Respondam-me a isto.
(…)”
Retirado de "Biologia do Meio Ambiente", de Jorge Lima e Mário Freitas (Ed. Asa)
Bem, caro X, gostámos muito das suas questões.
Mas esses não são os assuntos em que costumamos deter a nossa atenção aqui no blogue. Isso deve ser tratado em sede própria.
Ora, é óbvio que as questões da alimentação e da biodiversidade são matéria exclusiva da Biologia, ou da Ecologia, da Agricultura, da Economia e da Política. Pelo que, não tendo nunca a Geografia sido chamada a pronunciar-se, não é agora a altura de dissertarmos sobre isso.
Mas esses não são os assuntos em que costumamos deter a nossa atenção aqui no blogue. Isso deve ser tratado em sede própria.
Ora, é óbvio que as questões da alimentação e da biodiversidade são matéria exclusiva da Biologia, ou da Ecologia, da Agricultura, da Economia e da Política. Pelo que, não tendo nunca a Geografia sido chamada a pronunciar-se, não é agora a altura de dissertarmos sobre isso.
A Georden esclarece que a capacidade científica que tenta imprimir nas matérias não sai beliscada com este artigo.
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