"A culpa é de todos, a culpa não é de ninguém"

"Não é isto verdade?
Há culpa de todos em geral e não há culpa de ninguém em particular"


Uma estrada com o alcatrão abatido;
uma estrada com uma tampa de saneamento partida;
um animal morto no meio de uma estrada;
ou
um bloco de cimento no meio da estrada;
ou
um triângulo esquecido após o encosto da viatura e após o reboque da mesma.


Coloca-se a pergunta:

Todos usamos a estrada, mas quem se sente responsável por ela?


Do alcatrão abatido e da tampa de saneamento partida dizemos:
- Nunca mais resolvem isto! Isto é um perigo. Pode causar acidentes...
e giramos o volante para não meter lá a roda.


Do animal morto pensamos
- Não é meu. Não vou agora conspurcar-me. Até poderia apanhar doenças...
e
... até pode provocar acidentes
ou
pode causar umas boas amaçadelas nos carros..."


Do bloco de cimento dizemos:
- As autoridades têm de intervir: eu não posso com este bloco...
e
até posso ser atropelado.
E abrandando e fazendo sinais de perigo giramos o volante.


Do triângulo esquecido poderemos dizer
- Olha, esqueceram-se do triângulo. Pudera, naquele sítio seria um suicídio ir recolhê-lo.
E lá continua ele.


Era a JAE, agora a IEP (aquela que tem um gestor que saiu de uma empresa de comunicação do Estado.... gerir um organismo que se ocupa de estradas é obviamente igual a gerir sacos de batatas...)
que trata disso, que nos representa e nos salvaguarda a segurança (fora a que nos incumbe, enquanto automobilistas)... mas... em que medida cada um de nós contribui para estes institutos?

Em que medida é que os sentimos nossos?

São privados? porque defendem os nossos interesses.
Mas, são públicos? porque, da mesma forma, defendem os nossos interesses (a segurança das estradas).

Serão as estradas públicas?
Privadas?
Não se sabe?

O inquérito continua aberto a votos.
Participem!

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