As cidades são de quem, afinal?

Já o tínhamos perguntado aqui.

E enquanto vemos atropelos (Em nome de quem? Em nome de quê? Algo de longínquo, que nunca perceberemos e que sempre se sobrepõe), a pergunta prossegue na sua solidão.

Perante a nossa perda de poder de compra e de poder puro e simples.
Perante nós, enquanto cidadãos, cujos direitos levaram litros e litros de sangue derramado para serem conquistados.

Nós, anjos de pureza, cujos únicos haveres que trazemos são os que levamos nos sacos das compras.

Haveres perecíveis, desprezíveis, descartáveis, recicláveis e substituíveis por outro lixo qualquer.


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