Maio maduro maio?
A tradição dos maios (aquelas flores que se observam na imagem) perde-se na imensidão do tempo. Terá começado numa celebração primaveril pagã, representando hoje (também de forma pagã mas num contexto cristão – Deus e o demónio), pelo menos em Barcelos e Braga, uma forma de não permitir ou de afastar, se quisermos, o diabo das casas e das (suas) vidas. Por isso fixam-se os maios em portas e janelas.
Entretanto também é o Maio do trabalhador. Dia primeiro. Para comemorar, os combustíveis subiram pela 14ª vez, apenas este ano; a especulação financeira provoca aumentos nos cereais e café, para melhor garrotear os “não capazes” segundo a sua ordem internacional. Plantam-se cereais (mas não no nosso quintal comum - UE), ainda assim, para alimentar a nossa sede de combustíveis bio, quando existem outras fomes para saciar. Tudo para o “bem comum”, num ciclo vicioso e infame.
Não sei, não sei mesmo, se o diabo não estará entre nós. Se assim for, haverá maio que lhe chegue?...
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