"Andanças com Heródoto", de Ryszard Kapuscinski
Ryszard Kapuscinski
Edição: Campo das Letras, 2007
Tradução: W. J. Szymaniak; Isabel Ponce de Leão
Imaginem a Polónia do pós (2ªgrande) guerra. Imaginem um país destroçado, uma Universidade em escombros, sem livros. Imaginem as aulas de História Antiga,
Agora imaginem um jovem licenciado em História, imberbe jornalista. Imaginem um Heródoto censurado (ou esquecido?), e esse jornalista a Leste, literalmente, de tudo.
Imaginem que esse jornalista queria ser correspondente, passar a fronteira.
Agora imaginem que, antes da sua primeira viagem ao exterior, em plena guerra-fria, a sua redactora-chefe lhe oferece um livro: Histórias de Heródoto. Essa obra nunca mais deixou Ryszard Kapuscinski até à sua morte, em 2007.
Andanças com Heródoto, principia com a sua primeira (de muitas viagens e obras que publica - sendo considerado em 1999 o melhor jornalista polaco do séc. XX) à Índia, ainda na década de 1950. Inexperiente e com um Inglês macarrónico, sente-se perdido num mundo desconhecido. Começa então, como Heródoto, a observar o melhor que pode:
A Índia é tão grande! Como descrever então aquilo que, na minha percepção, não tinha limites?(…)
Não sei se Heródoto tinha chegado á índia(…)De qualquer forma conheceu lugares muito distantes da Grécia e descreveu vinte províncias chamadas Satrápias da Pérsia, o Império mais poderoso da altura(…).
A viagem continuou por outros lugares e é interminável.
Adenda: Heródoto – apelidam-no de pai da Geografia e da História. Não sei se o terá sido. Foi certamente um dos primeiros verdadeiros historiadores e geógrafos sistemáticos; observador incansável e intrépido contador de estórias. Nasceu em Halicarnasso e viveu entre 485(?) a
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