Queimar as pestanas

Já nem pestanejamos.

(Vai ficar um bocado descredibilizado por não apresentar-vos a fonte aqui e agora, mas foi num jornal local. Ou o Diário do Minho, ou o Correio do Minho, um deles. De há uns dias atrás, pouco antes
destoutro artigo, com o qual tentámos lançar o tema de tertúlia deste mês. Como sabem, ou para quem não está a par, sobre Novas Centralidades.)

O motivo do artigo do jornal era a criação de mais um espaço comercial. Mais propriamente um supermercado. Onde? Em Famalicão. E quais foram, então, as linhas que não me fizeram pestanejar?

Em resumo dizia isto:

A empresa x espera espera ter o novo espaço construído já em ________ (não me lembro... isto parece tudo hipotético... mas não desmobilizeis, que já vereis como e em que é que é perfeitamente verosímil). Primeiro vai realizar o estudo de impacto ambiental e depois avançará com as obras...

(que pena não ter aqui o texto à mão...)
Ou seja, a empresa que quer construir o espaço comercial é a mesma que vai fazer o estudo de impacto ambiental...
Isto para além de neste país os EIA serem um procedimento a preencher. Pressupõe-se sempre que não haverá quaisquer problemas que entravem o processo.

A promiscuidade já é assim tão grave para não ser (a) notícia ?

Comentários

Rogeriomad disse…
"É bom que se estude o que se anda a estudar..."

Mensagens populares