Adriano
E Alegre se fez Triste
Poema de Manuel Alegre
Orquestração de José Calvário
Música de José Niza
Adriano, que guiavas o leme dourado,
longe da cidade das cobras que trepam o arvoredo
onde a fome escondida e o lixo não condizem
com os engravatados de secretária e pilim.
Guitarra agrilhoada rompida pela amargura
pela raiva e a ternura em luta contra a distância,
a emigração, a exploração do homem feito lobo,
afastadora dos iguais e o enfraquecimento.
Cantador do medo, da secura, da procura, da paixão,
o roubo, a pobreza dos corpos e almas...
porque por toda a parte vias tudo
em corrupção sobre a terra a esterilizar-se.
Altaïr, 10.04.2012
Acaba de sair o livro da autoria de Mário Correia "Adriano - Trovador da Liberdade", apresentado ontem, dia 9, no Porto.
70 anos de contra-tendência deste tempo e desta terra cada vez mais pequenina e mirradinha...
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