Olha, apetece-me um inquérito!

The Church - Megalopolis (7", 1990)


Esta questão surgiu-me à noitinha, pré-sono, e era bom se cada leitor que nos visita regularmente e está silencioso deste lado pudesse dar a sua achega.

Pensemos nos anos de vida que já levamos (bastam 20, para o caso) e lembremo-nos como as ruas dos lugares onde crescemos (sobretudo aldeias) foram sendo alteradas.
Sem cairmos em nostalgismos vazios, que imagem fazemos das mudanças ocorridas?
Será a paisagem de hoje mais "preenchida" que a que tínhamos então?

Reflictamos sobre todos as componentes de uma rua ou de uma estrada, nos fins que têm e nos fins para que foram feitas...

Esqueçamos as estradas com portagem, para a pergunta que fazemos - e que vamos pôr à discussão no inquérito ali na barra da esquerda - que é esta:

As estradas são:

a) Privadas
b) Públicas
c) Nem privadas, nem públicas
d) Não sei mesmo


Tragam as vossas perspectivas e abordagens.
Filosóficas, económicas, geográficas, jurídicas, até.

Comentários aqui.
Participem e sustentem o sustentável.

Comentários

Susana Nunes disse…
Para mim a resposta é bastante simples, as estradas são públicas. São contruídas com financiamentos públicos para um uso público. A questão talvez se complique um pouco quando falamos de auto-estradas (nas quais os Estado deveria sempre desempenhar um papel primordial para que não se tornem, precisamente, privadas) e os caminhos, construídos por privados e que acabam públicos, muitas vezes com enormes conflitos pelo meio. Uma discussão interessante, sem dúvida. Ficarei atenta a respostas dos experts... ;) Eu cá sou apenas uma comum cidadã.
Edward Soja disse…
Olá, Susana.
Obrigado pelas palavras.

Não cerceando futuras opiniões, que se esperam, gostava de pegar num aspecto que referiste.

Há, por outro lado, muitos casos em que o financiamento é público e o benefício do uso é para apenas alguns (não confundir com privado).
Isso não invalida, portanto, o que disseste: pois pode ser apenas o princípio de solidariedade, democrático, a funcionar (e que muitas pessoas não conseguem encarar): é exemplo disso uma SCUT (Sem Custos para o Utilizador): quem vive no litoral costuma recusar essa solidariedade e não quer pagar o usufruto e manutenção de uma SCUT no interior.

Isto é, as pessoas apenas querem pagar aquilo que já sabem que vão usar no dia-a-dia.

O princípio de solidariedade reside precisamente na desigualdade de meios: neste caso, como é, aliás, mais frequente, muitos mais do litoral a pagar para uns poucos do interior custa muito menos que o contrário.

Aguardamos mais ideias.

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