Ajudemo-nos a proteger os oceanos

A Greenpeace Portugal está a levar a cabo uma campanha de sensibilização e de angariação de assinaturas contra a comercialização de espécies de peixe de profundidade.

A quem vai ela dirigida?
Primeiro: aos grandes distribuidores de produtos de pesca (vulgo hipermercados, vendedores sem dor) mas também aos pequenos retalhistas que temos espalhados pelo país e que, sem grandes meios de escape, alimentam o sistema destruidor, indo abastecer-se àqueles.

Mas... Primeiro?

É aqui que entramos nós.
Esta campanha vai dirigida, sobretudo, a nós, os consumidores.
Não há que enganar, apenas ainda não o percebemos (QUÃO CEGOS NOS FAZEM...) :

O sistema económico capitalista baseia-se, como em tantos aspectos da vida, no simples princípio da recompensa: se um produto vende, parte do esforço (dinheiro) é investido para que ele volte ao lugar onde é vendido.

Não nos iludamos:
NÓS É QUE TEMOS O PODER!
NÓS, OS CONSUMIDORES.
(ACONTECE QUE AINDA NÃO O USÁMOS.)

Por isso, no seguimento de campanhas de sensibilização, que só com a força, o empenho comprometido e a persistência de todos poderá trazer resultados, importa manter a consciência e estar alerta.

Esta questão não é, tal como não devia ser (mas é), como depois de ir enfiar o boletim na urna e, pronto, já está: eles que decidam por nós, que agora é com eles, foi para isso que fizemos a Revolução e tal...

NÃO.
Aprendermos o que se passa implica não mais o esquecermos.
Tê-lo presente no acto de consumir.
Estarmos atentos.
Face à inexistência de informação em contrário, em caso de dúvida... RECUSARMOS FAZER PARTE.
Não alimentarmos mais esta cadeia de destruição.
Quebrar o ciclo da insustentabilidade...


Vamos pensar mais à frente?


Uma imagem sugestiva:
O leitor está a ver o campo de futebol ali ao lado?
Imagine-o coberto de árvores. Consegue?
Agora imagine uma moto-serra com uma lâmina a toda a largura, a passar de uma baliza à outra.
Se essa imagem lhe dói, como se sentiria se a multiplicássemos por 5000?


Pois...


Uma só viagem de um grande barco de pesca industrial a fazer "varrimento" com redes do tamanho de um campo de futebol arrasa, assim, em questão de segundos, o que a Natureza levou séculos a criar.


Para trás, por sabemos lá quantos séculos, fica o vazio, a esterilidade da rocha nua e o fundo do oceano morto.

O fundo das coisas não é coisa pouca - é a base de tudo o que lhe está acima e que dele depende. A base da cadeia alimentar da vida marinha sem suporte.
Os oceanos são demasiado grandes para não terem relevância.


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