Geopolítica é zelar pelos interesses fora de portas

Já tínhamos trazido este assunto aqui há uns tempos atrás.
A situação não se alterou. Nem parece que se vá alterar...

Mais um pormenor de como funcionam estas coisas da geopolítica mundial é-nos dado pelo sucinto "estrato" (retirado da última Visão 1-10-2009, p.92):


Suu Kyi Aceita Diálogo

Os EUA vão tentar dialogar com a Junta Militar e, talvez, reforçar a ajuda humanitária e aliviar as sanções à antiga Birmânia. A oposicionista Aung Suu Kyi - que amanhã, 2, conhece a decisão do recurso sobre o prolongamento da sua prisão domiciliária - apoia a estratégia americana, desde que a oposição seja incluída no diálogo.


1- Como li há dias já não sei onde, dizia-se que a Democracia só funciona se houver um líder. O que pressupõe, sempre, regras e convenções a que todos se devem submeter ou que todos devem aceitar.
A capacidade, o poder de dialogar com criminosos significa uma coisa muito simples: que quem dialoga tem também poder. Talvez mais. Isso torna-os criminosos também?

2- Por conseguinte, as sanções são uma dessas expressões de um poder maior, imposto a outro poder.

3 - Que curioso, os EUA vão "talvez, reforçar a ajuda humanitária". Na outra notícia (clique aqui, se não clicou lá em cima) chamávamos à atenção para o pormenor de financiar a mesma Junta Militar com armas. E agora vão, "talvez, reforçar a ajuda humanitária". Que curioso.

Última nota: é tão curiosa e tão bem orquestrada esta forma de fazer política que até a prrópria a vítima está de acordo.
- Ou seja, podeis continuar a financiar os militares que me mantêm na prisão... "desde que a oposição seja incluída no novo diálogo".


Esqueçam esta parvoíce, que não nos leva a lado nenhum.


Imagem retirada daqui.

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