Mais um pormenor, um pormenorzito... de geopolítica
"A Amnistia Internacional divulgou esta semana um relatório onde acusa Israel de monopolizar os recursos hídricos do Rio Jordão, racionando indevidamente o abastecimento de água aos palestinianos. Segundo o documento, os 450 mil colonos israelitas da Cisjordânia, por exemplo, consomem tanto ou mais água do que 2,3 milhões de palestinianos do território.
Em Gaza a situação é ainda pior pois os aquíferos estão esgotados."
De um pequeno artigo da Visão de ontem, 29 de Outubro, intitulado "As Guerras da Água", referente à situação que se vive em Israel e na Palestina. (p.78)
Em Gaza a situação é ainda pior pois os aquíferos estão esgotados."
De um pequeno artigo da Visão de ontem, 29 de Outubro, intitulado "As Guerras da Água", referente à situação que se vive em Israel e na Palestina. (p.78)
E perguntamo-nos: é necessário que povos de países, só por se dizerem desenvolvidos ou mais desenvolvidos, consumam mais que outros povos?
Como é que é possível, com um meio tão contrário (ou seja, onde a água não abunda) e com um factor a favor (população menor)?
Onde é que essa "obrigatoriedade" está escrita?
É óbvio que no plano do desenvolvimento sustentável (certo, não podemos sequer falar de sustentabilidade quando a situação é de pobreza), os países menos desenvolvidos estão bem mais evoluídos.
Claro, podemos contra-argumentar, se eles pudessem bem que consumiam mais. Talvez.
Mas... tem de ser assim?
Olharíamos para as necessidades, passe a redundância, realmente necessárias e só depois avaliaríamos.
Claro, com o desenvolvimento insustentável (que não tem sabido respeitar os limites do meio) logo crescem outras necessidades, ditas não básicas. É sobre essas que devemos reflectir.
Porque considerar o desenvolvimento que temos, construímos e queremos como fatalismo significa que, no fundo, não temos poder nenhum de o comandar.
Fatalismo é o beco sem saída que o meio, coitado, não é elástico e não cede às pressões, aproxima cada vez mais de nós.
Mas bem antes dessas questões tão básicas, das relações directas do Meio com o Homem, outros problemas nos entretêm. Desde há muito.
Como é que é possível, com um meio tão contrário (ou seja, onde a água não abunda) e com um factor a favor (população menor)?
Onde é que essa "obrigatoriedade" está escrita?
É óbvio que no plano do desenvolvimento sustentável (certo, não podemos sequer falar de sustentabilidade quando a situação é de pobreza), os países menos desenvolvidos estão bem mais evoluídos.
Claro, podemos contra-argumentar, se eles pudessem bem que consumiam mais. Talvez.
Mas... tem de ser assim?
Olharíamos para as necessidades, passe a redundância, realmente necessárias e só depois avaliaríamos.
Claro, com o desenvolvimento insustentável (que não tem sabido respeitar os limites do meio) logo crescem outras necessidades, ditas não básicas. É sobre essas que devemos reflectir.
Porque considerar o desenvolvimento que temos, construímos e queremos como fatalismo significa que, no fundo, não temos poder nenhum de o comandar.
Fatalismo é o beco sem saída que o meio, coitado, não é elástico e não cede às pressões, aproxima cada vez mais de nós.
Mas bem antes dessas questões tão básicas, das relações directas do Meio com o Homem, outros problemas nos entretêm. Desde há muito.
Comentários
As questões são:
Enquanto pudermos, seremos insustentáveis?
Não mudaremos sem sermos obrigados?