Olha, apetece-me! (II)
É com acontecimentos assim que as praças são vividas na sua plenitude, cheias até rebentar com as costuras. Não reconheço muito bem o espaço retratado (parece-me a Praça Duque de Saldanha, mas agradecia a vossa participação) mas aí está ele como dificilmente o veremos, repleto. Foram assim, os dias pós-revolução de um Abril muito diferente deste em que entrámos hoje. Parece mentira?
A dominação contém uma grande quota parte de aceitação, de anuência, por parte daqueles que são dominados. E uma coisa é certa: se enchermos as praças de carros, dificilmente poderemos ocupar esse espaço com pessoas. A menos que se ponham em cima deles, o que também era bonito. Sobretudo se forem os seus carros.
Na torrente revolucionária que tudo arrastou, e que extinguiu, por uns tempos (vá lá, dias...), todos os seus opositores, os indiferentes e os saudosistas, todos vieram para a rua misturar-se na população eferevescente. Viva os camaleões! Viva a união popular!
Os senhores que estão em grande plano (ok, são eles as estrelas, os protagonistas, por assim dizer) nem se deram a esse trabalho. O eles terem estado ali parece-me tão mentira como a bela disposição das flores (parecem cravos) que os enfeitam.
April fools' day!
Iupi!
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