Conversa com Miguel Bandeira
Esta quarta-feira, dia 15 de Novembro, a Velha-a-Branca teve como convidado para as suas habituais conversas no tanque o professor Miguel Bandeira.
Estas conversas trazem como pretexto um livro ou um disco. O professor escolheu um livro clássico, a Ilíada, de Homero. Após uma longa passagem do livro, apenas para descrever o escudo de Heitor, a conversa passou a ser outra. E o interesse do pouco público (dia de futebol, quarta-feira, tempo de chuva...) também se notou ser outro.
Aí, o professor, interpelado pela questão "Seguindo o ritmo das taxas de natalidade, qual vai ser a evolução da cidade de Braga?" começou a discorrer, sempre à sua maneira, com imensos -e por vezes extensos- apartes, sobre o ordenamento, e as preocupações da qualidade de vida. E mencionou uma frase célebre, de um autor cujo nome já não se lembrava, que dizia: "Se a tua voz não se ouvir às portas da cidade, é porque já está demasiado grande para quem a vive".
As preocupações com o equilíbrio, a justa medida e com as finalidades da polis -preocupações muito discutidas pela cultura grega-, levaram-no a enveredar pela defesa da ideia de que os centros de média dimensão se constituem como as âncoras para um certo desenvolvimento nas zonas normalmente apelidadas de "deprimidas".
Estas conversas trazem como pretexto um livro ou um disco. O professor escolheu um livro clássico, a Ilíada, de Homero. Após uma longa passagem do livro, apenas para descrever o escudo de Heitor, a conversa passou a ser outra. E o interesse do pouco público (dia de futebol, quarta-feira, tempo de chuva...) também se notou ser outro.
Aí, o professor, interpelado pela questão "Seguindo o ritmo das taxas de natalidade, qual vai ser a evolução da cidade de Braga?" começou a discorrer, sempre à sua maneira, com imensos -e por vezes extensos- apartes, sobre o ordenamento, e as preocupações da qualidade de vida. E mencionou uma frase célebre, de um autor cujo nome já não se lembrava, que dizia: "Se a tua voz não se ouvir às portas da cidade, é porque já está demasiado grande para quem a vive".
As preocupações com o equilíbrio, a justa medida e com as finalidades da polis -preocupações muito discutidas pela cultura grega-, levaram-no a enveredar pela defesa da ideia de que os centros de média dimensão se constituem como as âncoras para um certo desenvolvimento nas zonas normalmente apelidadas de "deprimidas".
E essa desmesura é patente por exemplo na circulação de tráfego. Um grande eixo, no qual ocorre a maior concentração de centros comerciais no país (rodovia de Lamaçães, a prolongar-se para S. Vítor), cruza-se com a Av. João Paulo II, numa mistura explosiva que dá muitas dores de cabeça aos condutores.
E mais, Braga é uma cidade cujos eixos viários não têm hierarquia, por eles circulando as pessoas que vão à mercearia da esquina, as que vão prò trabalho e as que vêm de longe e para longe vão. Mais um problema que por exemplo a cidade do Porto soube resolver razoavelmente e a tempo.
Mas o (des)ordenamento a que temos assistido até agora não augura nada de satisfatório...
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