A cidade: lugar comum de equívocos

A estratégia da cidade assenta no seu contrário – logo se vê! A espera normalmente é elucidativa: caos urbano, ausência de hierarquias e delimitações, divergência de espaços e, crescimento, secundado por contínuos de áreas residuais, ora em expansão, ora esperando melhores dias da construção civil.

Em Braga (e em outras cidades), a área envolvente, por exemplo, do hiper Feira Nova (podia ser outro qualquer), corresponde, ao vivo e a cores, à personificação da anarquia urbanística, “moderna” e actual. Ruas, ruelas, estradas sem sentido, vias rápidas, ausência de qualquer hierarquia; inexistência de passeios; estacionamento em qualquer (literalmente) local. Espaços (?) exíguos, residuais, ocupados ou para ocupar, guetos de raiz. E, sobretudo, ausências!

O pensamento dos cidadãos sobre estes assuntos é inócuo: Comissão de moradores?
Observadores privilegiados e participação pública, onde? Tudo se passa com “normalidade”, como aliás se impõe.
A cidade cresce, não desenvolve. Esconde, não cria!

Comentários

Rogeriomad disse…
É a triste realidade das nossas cidades...

Não se pensa a cidade para se viver e trabalhar nela.

Muitas vezes, pensa-se em cidade no seu aspecto estético e como factor de obtenção de lucro fácil.
Esquecem-se da mais-valia que ela deve criar e gerar ao homem.

Constrói-se muito e mal.
Sem qualquer visão de "antecipação" do futuro.

Normalmente as políticas urbanas são aplicadas de acordo com a ideia/visão de um dirigente político que sofre pressões do interesse privado. E pelo que vejo, Braga não foge à regra.
O senhor que lá se encontra, bem pode "vangloriar-se", pois foi o ele o responsável, durante anos, dos destinos de bracara.

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