Do nada nada vem

Do nada nada vem.

Esta máxima, antiquíssima, demora a ser apreendida, aprendida, concretizada, imaginada... na nossa forma de entendermos o mundo.

Como se despolui uma água poluída?
É fácil: retiram-se-lhes os poluentes.

E, assim, sem esses poluentes, a água despoluída já pode ser consumida?
(Depende da finalidade, é certo: mesmo poluída pode ser consumida...)
Por exemplo, para beber?

Talvez ainda não.
Então, o que falta?
É preciso que a água readquira as características que a fazem potável, bebível.

A um líquido nada de especial acontece se mais líquido lhe for acrescentado.
De cada vez que defecamos ou urinamos na água, nas nossas casas-de-banho muito bem apresentáveis e perfumadinhas e cor-de-rosinhas, estamos a tornar essa água imprópria para beber.

(Não sei onde está o choque...
Quê, vão dizer-me que nunca pensaram nisso?...
Então?! não vemos que se não fôssemos nós as ETARs não tinham lá muita piada?
Pois, nós fazemos a porcaria para elas a desfazerem.
À porcaria...)

Como se limpam essas águas?
Acrescentando-as a outras águas?

Não estou a conseguir chegar lá....

Ah, já sei. Pensemos no seguinte:
Como proteges uma coisa?

Constróis um muro à volta.
Mas assim essa coisa morre lá dentro.
Ah...

Bem...

Se queremos proteger um elemento de vida, temos de proteger e cuidar do meio onde esse elemento É.
Onde esse elemento vive.
Onde esse elemento é vida.

É assim que fazem para preservar as espécies (porque já vamos tarde e a más horas)... em vias de extinção: protegem os habitats.
- ESTA É A VISÃO POSITIVA, AO SERVIÇO DA VIDA.

É assim que fazem para exterminar as populações - privam-nas dos alimentos e de um lugar para viver. Sim, tal como os Israéis deste mundo fazem aos que moram nas Faixas de Gaza deste mundo.
- ESTA É A VISÃO NEGATIVA, AO SERVIÇO DA MORTE.


Mas onde é que íamos?
Ah...

Esqueçam tudo o que está para cima: era só um pretexto / contexto / subtexto.


"O tratamento de águas residuais através de sistemas que utilizam vegetação e microrganismos é uma alternativa que tem vindo a ser implementada em Portugal ao longo dos últimos anos.

Mas agora, através de um projecto da Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica no Porto (UCP), este tipo de solução ganhou uma nova abordagem ao ser aplicado numa unidade de turismo localizada em Ponte de Lima, devido às características típicas destas instalações, como a sazonalidade dos resíduos.

Este sistema, denominado de fito-etar, é uma alternativa ecológica às etares convencionais e caracteriza-se por recorrer ao leitos de plantas e a microrganismos como meio de tratamento de águas residuais, recriando assim as condições depurativas encontradas nas zonas húmidas naturais.

“É um tratamento biológico feito através de plantas e de microorganismos que as colonizam e que promove a degradação natural dos poluentes", explicou ao «Ciência Hoje», Paula Castro, investigadora da ESB-UCP, destacando que esta alternativa promove a biodiversidade e também tem uma boa integração na paisagem."


Notícia CiênciaHoje

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