Tu virás a seguir...

One more tree will fall
How strong the growing vine.
Turn the earth to sand
And still comit no crime.

One More Time to Live, The Moody Blues


O comunicado é este. Para ler, claro!

Pronto, eis um resumo, para os mais preguiçosos:

A Câmara de Setúbal quer destruir (eu ia dizer construir, mais por esse verbo, de tão habituados, já passamos por cima).
Para isso cria um Plano de Pormenor que, et voila, trata de tudo. Pormenor: infrige leis. Nomeadamente, e como de costume,

- abate e arranque de sobreiros, espécie protegida (700 dos 1700);
- a não realização de Estudo de Impacto Ambiental, obrigatório;
- a classificação da obra (privada) como projecto de imprescindível utilidade pública sem justificação legal
- a não observância da necessidade de apresentar alternativas

MAS...

O Governo dá o seu aval.


Trata-se de uma mega-urbanização (com 7500 apartamentos). Para quem? Ah!, para os turistas, pois é... Não chegará para mais carteiras?
As habitações dão dinheiro às autarquias. É um sistema perverso, anda toda a gente a dizer. Até o presidente da associação de municípios...


Mas porque serão tão importantes os sobreiros?
Será que têm algum papel ecológico de que beneficiamos?

e
Porque é que se fazem as leis?
Para se saber quais é que foram infringidas?



O particular nunca poderá alcançar o universal.
Mas estamos a ser demasiado mesquinhos com o que nos mantém cá.
Um tempo maior que nós não cabe em nós. Mas a se a sua ideia não cabe, porra! temos a cabeça mesmo muito pequena!
É por isso que nos vamos deixando enganar.
Estamos a destruir os espaços para onde vamos querer fugir.

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