Por aqui e por ali, o cerco aperta-se (mas a bomba também se vai construindo...)
Milhares de proprietários de imóveis nas margens do Douro podem perdê-los dentro de dois anos. A legislação afecta as margens de todos os cursos de água navegáveis. Não basta apresentar o registo predial e demais documentos de titularidade. Todos têm de comprovar que o edifício ou o terreno em causa está nas mãos de privados há quase 150 anos. JN.
O que andaram as juntas de freguesia e câmaras municipais a fazer durante tanto ano? Das duas uma ou até mesmo as duas coisas ao mesmo tempo: a fazer vista grossa aos actos egoistas do chicoespertismo ou a promover e a apoiar muita construção junto das margens. Por isso, enormes extensões das margens do Douro, - e de tantos outros rios, para não falar de tanta ribeira -, foram privatizadas abusivamente, não deixando sequer o direito ao cidadão comum de caminhar ao longo da margem, situação que é totalmente diferente em outros países. Por exemplo, em França, na Alemanha, no Reino Unido, o cidadão pode circular à vontade pelas margens dos rios e ribeiros, havendo trilhos geralmente bem cuidados. E nos pontos em que isso não é possível, há sempre uma alternativa de prosseguir a marcha pela outra margem.
In Ondas 3
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