Dos finidores do mundo
O mundo pode não acabar em breve, mas estamos a fazer muito por isso.
A justiça chilena mandou suspender o projeto hidroelétrico Rio Cuervo, que incluia a construção de uma barragem na Patagónia chilena.
Submergimos áreas úteis e vivas (afinal de contas, que são 5 mil hectarezitos? Numa área vital e até, pasmem-se, reconhecida como Reserva da Biosfera (qual a não será?)
em nome da lei e do progresso e da independência energética,
cujos lucros vão para uma empresa,
cujos danos de disseminam por todo o mundo (e não pode o mundo cair-lhe em cima, coitados das baratas desorientadinhas que não sabemos onde morder...)
...
...simplesmente porque cada vez somos mais e consumimos mais
fazêmo-lo por nossa vontade?
Alguém no-lo obriga?
Em nome dos Estados, camuflados e tomados por quem quer manter o mundo dominado e a seus pés,
para que o mundo não se torne imprevisível e instável... ai, que vai ser de nós, que andámos todos estes séculos de capitalismo a trabalhar para um dia perdermos tudo o que juntámos, assim, sem mais nem menos, como uma qualquer espécie de fim do mundo que se abate qual tromba de água inesperada...
Blá. Blá. Blá.
Em nome do bem-estar.
Não esqueçam.
Morramos hoje para amanhã vivermos melhor.
Já está.
Está a ser há muito tempo.
Mas está a chegar ao fim. A festa de babete.
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