E agora aparece?
Não deixa de ser uma infâmia a forma como certas empresas, algumas pertencentes a grupos bem sólidos e que ainda há bem pouco tempo reclamavam lucros fabulosos, já para não falar dos milhões em subsídios e outros incentivos que encaixaram, aproveitam agora a onda da crise para despedir à tripa forra trabalhadores ou pedir umas massas ao governo. Para quem nos últimos anos passava a vida a reclamar menos Estado, não está nada mal. Alguns destes casos ocorrem também em pequenas e médias empresas no Minho. É certo que algumas estão completamente estranguladas (e muitas fazem das tripas coração) e sem recurso ao crédito (neste particular, não é de agora que não têm acesso, há muito que a banca e o Estado os deixou à sua sorte enquanto propagandeava planos e estratégias para o sector têxtil e vestuário), mas outras, a reboque das suas viagens ao Brasil e Caraíbas, carros de alta cilindrada e jantaradas tropicais (não sei se me entendem?...), aproveitam para humildemente reivindicar qualquer coisinha, despedindo funcionários que são como uns filhos porque já não se aguenta, e desaparecer com as máquinas. Às vezes também desaparecem os próprios sem deixar rasto. Nada disto surpreende. Quando há alguns anos uma média fábrica do distrito de Braga ao receber uns milhares para formação (tecnológica e novas maquinarias) colocou uns funcionários a dar formação a outros para Inglês (fiscalização) ver, estava tudo dito. De qualquer forma nem seria necessário maquinar a formação. O Inglês nunca aparecia…
Comentários
Portugal nao pode é ficar desocupado senao os espanhois pegam nisto...