Imagens da cidade enquanto é tempo...

Vidal: São Vicente, Braga, Novembro 08

Esta é a senhora do(s) caminho(s) que se bifurcam. Guardiã de uma área onde se mesclam os bairros antigos, ruas e ruelas, viadutos e pontes aéreas, enclausurados entre filas de prédios. Se procurarmos bem, nichos de casas antigas prolongam edifícios enormes e, mais além, sem sabermos bem como, estamos ao lado de uma via rápida (embora fora-da-lei) e de um galinheiro ou pombal. Por vezes as deambulações simplesmente não tem um “caminho” definido. De igual modo, essas estradas que se bifurcam levar-nos-ão a algum lado? A atentar no jornal Público de 11-12-08, quer-nos parecer que não: só este ano “faliram 440 empresas no distrito de Braga”, um “aumento de 50 por cento face a 2007”. Fala-se de “sangria”, “pré-colapso” e até de “ruptura social”. Acontece que há anos a esta parte se sucedem os estudos e os planos de apoio, hoje claramente malfadados (dizem eles) por essa pantomina universal que se denomina crise, espécie de entidade etérea, sem (parece que também nos dizem) controlo, ou mão humana. Maneta, pois. Talvez seja por isso que a senhora parece estar tão zangada. Por vezes é nisto que penso enquanto vagueio tempo sem fim. 

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