Do bairrismo: um exemplo prático
Na cidade de Braga, sair à noite costuma significar, além de entrar em estabelecimentos fechados, repletos (a culpa é nossa, porque, à partida, eles estão vazios...), exíguos e onde se respira mil vezes e mal o mesmo ar (refiro-me aos locais onde é permitido - vá-se lá saber como - fumar), sair com um papelinho onde nos carimbaram, ou não, com preços daquilo que consumimos.
Na cidade de Guimarães, sair à noite costuma significar ir para o centro histórico da cidade, onde a mesma fervilha de vida e liberdade. Liberdade é a palavra-chave neste meu protesto que aqui deixo. Já o discuti muitas vezes com amigos e pareceu-me que o copo se encheu a tal ponto para o partilhar.
Na cidade de Guimarães as pessoas entram e saem sem qualquer preocupação. O que tem um efeito altamente benéfico para quem - como penso que é o objectivo - quer divertir-se e estar bem com os amigos: é que o ar é muito menos pesado.
Porque não nos sentimos obrigados a ficar,
porque se sairmos vamos ter de pagar
e isto de andar a entrar
e sair de bar em bar
não está a dar
para quem ainda não começou a trabalhar
Pergunto-me sobre os porquês de tão opostas estratégias. Serão directivas camarárias?
Seja como for, o bairrismo, quanto a mim, só significa uma coisa, ou antes de outras coisas: atraso mental. Repito: atraso mental.
O futebol, esse desporto maravilhoso e bonito que, como qualquer desporto, devia promover a saúde a convivência sã entre os povos, tem - julgo eu - um papel importante para alimentar (senão a criar!!!) esse efeito perverso que é o bairrismo. Pois bem. Entre aqueles a que os bracarenses chamam de espanhóis e os assistentes, que apenas querem ver um bom jogo, fica o bairrismo de ambos, que ambos divide mas que ambos une na estupidez.
Claro que há estabelecimentos onde se paga o dito "consumo obrigatório" que muitos dizem "ser proibido", mas que nós vamos pagando onde é "obrigatório". Mas eu - que não sou muito dado a esses espaços e ambientes decadentes onde corpos dançam inconscientes ao som do álcool - manifesto a minha liberdade em preferir os espaços onde não há "consumo obrigatório".
É óbvio que depois se diga que Braga não tem vida à noite e os seus sitiados não queiram ver o que se passa na sua congénere vizinha...
Enfim, cada um queixa-se daquilo que o afecta. Deixo-vos com uma citação fenomenal que descobri estar disponível há poucos dias. (Não, não é bairrismo, juro...)
Na cidade de Guimarães, sair à noite costuma significar ir para o centro histórico da cidade, onde a mesma fervilha de vida e liberdade. Liberdade é a palavra-chave neste meu protesto que aqui deixo. Já o discuti muitas vezes com amigos e pareceu-me que o copo se encheu a tal ponto para o partilhar.
Na cidade de Guimarães as pessoas entram e saem sem qualquer preocupação. O que tem um efeito altamente benéfico para quem - como penso que é o objectivo - quer divertir-se e estar bem com os amigos: é que o ar é muito menos pesado.
Porque não nos sentimos obrigados a ficar,
porque se sairmos vamos ter de pagar
e isto de andar a entrar
e sair de bar em bar
não está a dar
para quem ainda não começou a trabalhar
Pergunto-me sobre os porquês de tão opostas estratégias. Serão directivas camarárias?
Seja como for, o bairrismo, quanto a mim, só significa uma coisa, ou antes de outras coisas: atraso mental. Repito: atraso mental.
O futebol, esse desporto maravilhoso e bonito que, como qualquer desporto, devia promover a saúde a convivência sã entre os povos, tem - julgo eu - um papel importante para alimentar (senão a criar!!!) esse efeito perverso que é o bairrismo. Pois bem. Entre aqueles a que os bracarenses chamam de espanhóis e os assistentes, que apenas querem ver um bom jogo, fica o bairrismo de ambos, que ambos divide mas que ambos une na estupidez.
Claro que há estabelecimentos onde se paga o dito "consumo obrigatório" que muitos dizem "ser proibido", mas que nós vamos pagando onde é "obrigatório". Mas eu - que não sou muito dado a esses espaços e ambientes decadentes onde corpos dançam inconscientes ao som do álcool - manifesto a minha liberdade em preferir os espaços onde não há "consumo obrigatório".
É óbvio que depois se diga que Braga não tem vida à noite e os seus sitiados não queiram ver o que se passa na sua congénere vizinha...
Enfim, cada um queixa-se daquilo que o afecta. Deixo-vos com uma citação fenomenal que descobri estar disponível há poucos dias. (Não, não é bairrismo, juro...)
Comentários
Bairristas nós?
Não... que ideia...
A vantagem de Guimarães em relação a Braga é esses bares estarem todos reunidos num centro. Em Braga também existem, mas estão mais dispersos.