Os porcos vêm de avião

O fedor existe, mas além de nunca termos querido erradicar as suas causas, afogando-nos em perfume, sempre temos contribuído para o alimentar.

Este é apenas mais um sinal de que a sociedade industrial que o dito Ocidente construiu e já por todo o mundo colonizou está assente em pilares de areia.

A questão é que agora chega ao fim da linha: a cadeia alimentar. E aí, nós, coitadinhos de nós, já nos sentimos afectados.

A multiplicação do negócio de formas insustentáveis tem os seus "danos colaterais". Daí a insustentabilidade.
Até ser descoberto, contestado, proibido ou erradicado, quem o gere pouco se importa com o "fogo amigo". Os ganhos valem incontestavelmente mais que as perdas.

Em 1966, por exemplo, havia nos Estados Unidos 53 milhões de suínos distribuídos por um milhão de granjas. Actualmente, 65 milhões de porcos concentram-se em 65.000 instalações. Isso significou passar das antigas pocilgas aos ciclópicos infernos fecais de hoje, nos quais, entre o esterco e sob um calor sufocante, prontos para intercambiar agente patogénicos à velocidade do raio, se amontoam dezenas de milhões de animais com mais do que debilitados sistemas imunitários.

Aí vêm eles!(Foto vilipendiada por Eduardo F.)


Agora, tomados já pela ante-febre, encetemos a contestação e a tomada de medidas. Medidas contra a nossa própria concepção do mundo:

Fechemos as portas!!!
Não deixemos entrar nenhum animal com termómetro na boca e bochechas rosadas.
Sobretudo se vier de avião!

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