Fora de moda...
Como ninguém liga nada ao que realmente contribui para desmantelar este país, a CP, à socapa lá encerrou duas linhas de caminho de ferro, a saber, a do Corgo e do Tâmega. Nem um pio sobre a coisa. De ninguém. Hoje há bola e congresso leonino. Hoje há páginas inteiras a martelar corrupção sem qualquer desenroscar que se veja. Há um país incompreensivelmente distante daquilo que interessa. O zoológico do interior perfila-se cada vez mais. Faltarão, todavia, as espécies autóctones. O asfalto (não sendo gótico) reflecte a modernidade que temos: uma estranha geografia. Apenas encontrei mais uma referência ao assunto num post aqui.
Comentários
De volta à normalidade, o povinho lá se esqueceu das promessas e o verde passou a cinzento rato...
É claro que o comboio passou ao lado das propostas governamentais, preferindo o governo manter os lobbies das gasolineiras, das autoestradas, dos impostos e outros tantos que por aí andam.
Eu sempre acreditei na viabilidade social e ambiental do comboio, ao invés da CP que ao longo dos anos foi retalhando os serviços e amputando os comboios regionais/inter-regionais em prol do intercidades/alfa-pendular. Agora falam em TGV...e sinceramente não percebo porque continuamos a apostar numa via quando as que temos não funcionam.
Em tempos a minha aldeia era servida pela linha de Guimarães, a qual foi parcialmente restruturada para receber o metro do Porto. Contudo, com todos os interesses e atrasos que a área metropolitana gerou, a minha aldeia deixou de ser servida pelo comboio. Aproveitaram e venderam as travessas para embelezar os jardins dos senhores engenheiros e o povinho lá ficou apeado. Em consequência, atravessar actualmente a Via Norte na Maia é um pesadelo, apenas ultrapassável para quem ainda conhece os recantos das ruelas não alcatroadas deste país.
É pena que se pense assim.