Publicar título
O engravatado leva o cão pela mão enquanto passeia o telemóvel.
Antes do seu bulot, o prato principal dos que passam fome existencial...
A fila engrossa de descontentes.
Com papás que, para levar os meninos à escola, atropelam os passeios.
Tanto investimento
- é o seu dever, ai deles que os não os ponham a estudar, logo a sociedade os crucificará, sem direito a mártires.
nas crianças
para que as possamos desprezar e explorar com mais desdém
quando entrarem
se entrarem
para
o mercado
mercado
o mercado
marcado
o marcado
de trabalho
a maternidade
a maternidade
a maternidade...
As paredes dos prédios não impedem
os ruídos.
Quem mora nas nossas cabeças?
os adeptos que vão esperar a selecção
bombos da festa
bobos da corte
da corte dos porcos
quais medievalistas
da idade das trevas
em que a educação e a cultura sofrem cortes
e a curiosidade e o conhecimento são mal-vistos
o fim da civilização
ou o fim do civismo
o fim da cidade
a expensas da privatização
e dos espaços exíguos
remanescentes
que sobraram para entreter as crianças
- cuidado!
que o carro pode atropelá-las!
Vinde brincar para dentro.
Do computador,
Computadores.
Computam
computam,
computam...
autistas
mimados
Como se a única legitimidade aceite para não comprar fosse não poder...
Já não há vontade.
Se somos maquinais infernais
ad aeternum
maleficus
sanctificatus...
Louvaminhas,
tu,
Domingo vais à missa
ou então ficas a ver televisão,
que te é concedida a graça
que te desgraça.
E a martelada sincrónica
à batida do coração em descarga
bílis e sangue venoso
a escorrer pelo alcatrão
do ser humano trucidado
pelo cinzentismo
e pela normalização
dos mercados
marcados
tu!
estás marcado
tira a senha!
põe-te na fila,
sê civilizado.
Sê servilizado
e não digas que não vais daqui,
que o respeitinho é muito lindo
e faz girar as sociedades
. ex-clavas .
Há gado no talho
e porcos no açougue.
E todos os cadáveres cheiram ao mesmo.
Há valores que não têm lugar na sociedade.
Por isso há valores que migram.
Ou definham e morrem.
Uma serra dava jeito para derrubar estas tábuas...
E lá fora ouve-se a melodia
de quem há muito vai afiando a faca.
Será Noé?
Antes do seu bulot, o prato principal dos que passam fome existencial...
A fila engrossa de descontentes.
Com papás que, para levar os meninos à escola, atropelam os passeios.
Tanto investimento
- é o seu dever, ai deles que os não os ponham a estudar, logo a sociedade os crucificará, sem direito a mártires.
nas crianças
para que as possamos desprezar e explorar com mais desdém
quando entrarem
se entrarem
para
o mercado
mercado
o mercado
marcado
o marcado
de trabalho
a maternidade
a maternidade
a maternidade...
As paredes dos prédios não impedem
os ruídos.
Quem mora nas nossas cabeças?
os adeptos que vão esperar a selecção
bombos da festa
bobos da corte
da corte dos porcos
quais medievalistas
da idade das trevas
em que a educação e a cultura sofrem cortes
e a curiosidade e o conhecimento são mal-vistos
o fim da civilização
ou o fim do civismo
o fim da cidade
a expensas da privatização
e dos espaços exíguos
remanescentes
que sobraram para entreter as crianças
- cuidado!
que o carro pode atropelá-las!
Vinde brincar para dentro.
Do computador,
Computadores.
Computam
computam,
computam...
autistas
mimados
Como se a única legitimidade aceite para não comprar fosse não poder...
Já não há vontade.
Se somos maquinais infernais
ad aeternum
maleficus
sanctificatus...
Louvaminhas,
tu,
Domingo vais à missa
ou então ficas a ver televisão,
que te é concedida a graça
que te desgraça.
E a martelada sincrónica
à batida do coração em descarga
bílis e sangue venoso
a escorrer pelo alcatrão
do ser humano trucidado
pelo cinzentismo
e pela normalização
dos mercados
marcados
tu!
estás marcado
tira a senha!
põe-te na fila,
sê civilizado.
Sê servilizado
e não digas que não vais daqui,
que o respeitinho é muito lindo
e faz girar as sociedades
. ex-clavas .
Há gado no talho
e porcos no açougue.
E todos os cadáveres cheiram ao mesmo.
Há valores que não têm lugar na sociedade.
Por isso há valores que migram.
Ou definham e morrem.
Uma serra dava jeito para derrubar estas tábuas...
E lá fora ouve-se a melodia
de quem há muito vai afiando a faca.
Será Noé?
Comentários