Eu por aqui, tu por aí...

Pode perder-se uma indústria mas também se pode reconstruí-la. Na natureza, se perdermos uma espécie, perdemo-la para sempre. Nunca mais poderemos recuperar esse capital
Jean-Christophe Vie *


Vamos por escalas, como nos filmes que logo começam por contextualizar a nossa pequenez...


Em Portugal há 159 espécies ameaçadas, a maioria moluscos (67 espécies), mas também mamíferos (11), aves (8), peixes (38), plantas (16), invertebrados (16), répteis (2) e anfíbios (1).


Agora, porque o aqui é um reflexo do global, num assunto onde não há nem nunca houve fronteiras, eis o contexto.

O planeta tem cerca de 17 mil espécies de animais e plantas ameaçadas de extinção, revelou hoje a UICN (União Mundial para a Conservação da Natureza), através da sua Lista Vermelha. Nos últimos 500 anos já se extinguiram 869 espécies.

E para nos ajudar a levantar o moral, ou a força de mudar:

Actualmente, as alterações climáticas não são a maior ameaça à biodiversidade do planeta. Mas isso pode mudar, avança o relatório. Ao analisar 17 mil espécies de aves, anfíbios e recifes de coral, a UICN identificou uma proporção significativa de espécies que são muito vulneráveis às alterações climáticas e que ainda não estão ameaçadas. Deste grupo fazem parte 30 por cento das aves, 51 por cento dos corais e 41 por cento dos anfíbios.

O que quer dizer que estes números vão subir.
"Cada vez mais depressa"

"Cada vez mais depressa"




Ah, os ecologistas e tal.
Pois, mas o que aqui está em causa é, antes de tudo, a perda de biodiversidade. E esta devido, além das alterações climáticas, à destruição de habitats.
E esta devido nosso modelo de desenvolvimento.
E este relaciona-se com o tipo de ordenamento e de planeamento que aplicamos.
E estes, por fim, traduzem os valores para os quais nos vamos sentindo sensibilizados.
Nós, os decisores dos usos do solo.

As distintas opiniões revelam distintas posições, distintos interesses.
Os decisores que têm, efectivamente, decidido sobre os destinos do uso do solo, têm tido como valores algo - podemos designa-lo como quisermos - que, obviamente, não preza o longo prazo.
Reflictamos sobre isto. Sobre quem somos e o que somos.
Ou SE somos.

Regressemos a casa. Ao chão. A terra.
Já há muito tempo que é tempo.


Fonte: Público
* Responsável pelo estudo apresentado.

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