Reunião em Paris


É o grande acontecimento da climatologia. Quinhentos científicos encontram-se desde hoje em Paris, após seis anos de trabalho, para discutir por uma última vez, para depois dar aos decisores e ao público o estado do globo. Reunidos na sede do GIEC (Groupe intergouvernemental sur l’évolution du climat), elaboraram o capítulo « científico » do estado das alterações climáticas. Seguem-se, no início de Abril, em Bruxelas, os capítulos sobre os impactos sócio-económicos e, um mês mais tarde, em Banguecoque (Tailândia), as possíveis soluções para lhes fazer frente.

Este relatório 2007 é o quarto. O primeiro data de 1990, dois anos após a criação do GIEC pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e o Programme des Nations unies pour l’environnement (PNUE). Desde a sua criação, o GIEC serve de referência para os científicos e os decisores mundiais. Do primeiro relatório saiu a convenção-quadro sobre o clima da ONU. O segundo, publicado em 1995, serviu de apoio à redacção do Protocolo de Quioto. O terceiro colocou o Homem no centro da questão, designando-o como o principal responsável pelo aquecimento. Um aquecimento entre 1,4 ºC e 5,8 ºC de hoje até 2100. Segundo algumas fontes, o quarto relatório apura estas previsões, colocando a subida entre os 2 e 4,5 ºC, e confirma que se espera uma maior frequência dos fenómenos extremos (inundações, secas...). Indica também que os efeitos das emissões com efeito de estufa irão prolongar-se pelo menos durante 1000 anos.

(Texto traduduzido por Eduardo F.)

Ler a entrevista com Jean Jouzel, no L'Humanité de 29-Jan-2007 (em francês).
Notícia-resumo no IM.

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