Não me diga?

Recentemente, com a naturalidade das coisas simples e óbvias, os rapazes (inocentes e independentes?) das Nações Unidas, apresentaram ao mundo um relatório em que se declara, digamos assim, o carácter definitivo e inexorável das alterações climáticas. Não há volta a dar. O dito enfatiza, mesmo com acções e medidas imediatas e concertadas (necessárias, dizemos nós) entre vários Estados (em sonhos), mesmo assim, repita-se, seria, de todo, impossível resolver ou minorar significativamente o problema.
Como os gases emitidos se mantêm na atmosfera por várias décadas (só agora descobriram?) o aquecimento global e a subida do nível médio das águas, havendo ou não reduções sistemáticas, será uma realidade incontornável. Pergunta: e quais as consequências? Pergunta: a deterioração do ambiente não representa um gravíssimo retrocesso na qualidade de vida das populações? O que pensam fazer, ou já tem alguma solução milagrosa? Nossa Senhora das Dores ou a lotaria, como diria o Eça?
Factos: existem obviamente responsáveis directamente e por omissão!

A revista DIA D parte integrante do jornal Público de sexta-feira 5 de Janeiro, que reflecte (nas suas próprias palavras) A economia que lhe interessa, por isso não podendo ser acusada à priori de fundamentalismo ecológico/ambiental; publica uma entrevista com Bertrand Badie (especialista em relações internacionais), onde este, quando questionado acerca da evolução de questões como o ambiente refere apenas isto, e cito: Enganámo-nos completamente em relação ao ambiente. Nos anos 1960 foi ignorado, quando já era uma grande questão no final da industrialização. Depois pensou-se que seria um problema apenas para o Norte, quando é algo ao nível do planeta e os mais pobres são os mais afectados. A seguir vieram manobras de bricolage, para evitar medidas internacionais constrangedoras. Realizou-se um número incrível de conferências sem medidas de coerção ou sanções. Esta política de cavalheiro é suicidária.

Só não concordamos com a política de cavalheiro(?), quanto ao resto reflictam os nossos leitores…

E claro, ninguém sabe, sabia, podia imaginar…Não me diga?

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