Vamos todos oferecer um títere.

Cada vez mais as pessoas compram presentes para pessoas que conhecem cada vez menos.
Não seria uma excelente prenda conhecer melhor essa pessoa a quem vamos dar um objecto?

Como é isto possível?

Conta-se que quando os Beatles apareceram no famoso Ed Sullivan Show a América quase parou em frente à televisão. Conta-se que o número de crimes baixou consideravelmente.

Cito de cor, sem poder já mencionar de onde, um estudo que diz ter o consumo descido também considerável, ou pelo menos notoriamente, quando, por um breve tempo (já não sei o motivo) as pessoas se viram privadas de publicidade.

É esta musiquinha, esta rodinha sempre a girar que possibilita actos a que diríamos "não", "não vale a pena".

Não vale a pena lutar contra a irracionalidade.
Não?

Até este dia - quanto desprezo por parte dessas mesmas pessoas!... - toneladas e toneladas de foram já compradas. E falo apenas do lixo que, uma vez aberta a pretensa prenda, irá parar ao mini-caixotinho. Depois para o contentor. Depois para o camião do lixo. Depois para uma lixeira. Quando muito, para um aterro, depois de - com sorte, organização e sentido democrático, ter sido triado.
Reciclado, desfeito, os fins, em percentagem, são desiguais, daí a crise e a insustentabilidade: é mais o lixo criado que o aproveitado. Pelo que este ciclo não se pode manter indefinidamente.

Quanto desprezo no acto de uma compra...
Quanto desprezo por essas pessoas que nem conhecemos.
Quanto desprezo pelo lixo...
Se lhe déssemos mais valor, talvez pensássemos mais nele.

E nas pessoas.
Que por esta data, em massa, se oferecem.
Títeres e cada vez menos pessoas.

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