Cada vez menos dúvidas

"Repressão policial:
Terrorismo oficial"
Peste & Sida


Imagem partilhada daqui
Livraria Sá da Costa, pouco depois do início da marcha. Um dos supostos indivíduos que rebentaram petardos é detido subitamente por agentes da PSP e arrastado para trás de um cordão policial. As pessoas que estavam próximas e contestaram este facto foram de imediato agredidas à bastonada.
Era aqui que me encontrava e saquei imediatamente da máquina fotográfica para fotografar os incidentes. Os manifestantes, incrédulos com tal agressão aproximaram-se novamente da polícia, reclamando, obviamente, por terem sido agredidos, o que levou um dos agentes a usar spray pimenta e a recorrer outra vez às bastonadas. Visto que não havia qualquer diálogo possível, alguns dos manifestantes que assistiam atiraram chávenas e um par de cadeiras aos agentes que agrediam.
Eu encontrava-me a metros da livraria a fotografar estes incidentes quando subitamente sou surpreendido pela presença do corpo policial, que obviamente aguardava numa rua paralela para entrar, e que meros segundos após se posicionar de modo a fechar a rua começou imediatamente a distribuir bastonadas de forma aleatória e indiscriminada. Imediatamente abrem-me a cabeça à bastonada (tive de levar pontos no hospital) sem que nada tivesse feito para o incitar, logo de seguida levo com outra bastonada na mão que segurava a máquina fotográfica (e que conseguiram partir), num acto claramente dirigido.
Enquanto isto, os mesmos polícias começam a bater-me nas costas e consigo reparar que o mesmo acontece às pessoas em meu redor, as quais tendo sido apanhadas de surpresa são espancadas já no chão. Apenas saí desta situação porque uma rapariga estrangeira me puxou e arrastou-me dali para fora, até à entrada do metro. Foi neste momento que percebi a extensão dos danos e do que me tinha acontecido, mas logo segundos a seguir houve uma segunda carga e toda a gente começou a fugir para o Largo Camões e de seguida para São Bento.
Pretendo apresentar queixa contra o sucedido, o que não serve de muito, pois segundo informação de advogados o Corpo de Intervenção quando está em "missão" não pode ser feito responsável. O que me tem preocupado é como provar que as incitações à violência não vieram de mim ou de qualquer outro manifestante mas sim de uma acção concertada ou simplesmente descontrolada da polícia. Houve até polícias que se recusaram a chamar ambulâncias quando lhes foi pedido.
(...)

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