Por exemplo, Gonçalo Ribeiro Telles: “Talvez os governantes queiram destruir o país”

Essa ideia – que passou também pela construção de muitas auto-estradas ou dos estádios de futebol – é uma ideia nossa ou um problema europeu?

É um problema muito nosso, de não fazer um planeamento coordenado. Temos auto-estradas, mas não temos caminhos locais de relação com a vida local. Vê-se a vida passar na auto-estrada, mas não se sente. Desprezamos as aldeias porque não fazem parte desse modelo. O próprio povoamento do país não faz parte desse modelo e portanto não há que tratar sequer da sua dignidade como pessoas. É preciso que acabem.

Já passou essa euforia, principalmente porque acabou o dinheiro para construir.

Hão-de vir mais euforias. Já viu alguma política económica e social que vá ao encontro da recuperação económica e social do mundo rural? O que me aflige é termos um país de alto a baixo, principalmente no Interior, despovoado e apodrecido.


Se calhar, a não perder toda a entrevista de Gonçalo Ribeiro Telles ao Jornal I, AQUI.

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