O Tempo e O Modo

Sendo notícia o homem morder o cão, eis então uma não-notícia.
Como as efemérides, vamos remexer no caixote das memórias e lembrar...

- Ah, no meu tempo é que era...!

Narra o locutor, com a sua voz imponente e grave:

- Em 2008, o mundo era assim...


Sinais do tempo a partir dos quais lemos a História da Humanidade.
Nós, animais fora do tempo e do lugar, quais extra-terrestres a ver algo que já não nos pertence, distanciados.

Isto é um assunto caro a todos.
Demasiado caro.

Tem, portanto, que ver com o consumo.

Que cabe na palavra consumo?
Muito, sabemos.
Mas pensemos bem.
Tal como a palavra Justiça engloba a justiça e a injustiça, a palavra Consumo contém em si - QUANDO É QUE APRENDEMOS? - , muito sucintamente, os processos de produção, consumo e destruição.

Transmutemo-los nos termos equivalentes ou variáveis que quisermos (por ex. destruição - desperdício) (por ex. a produção, quando significa extracção dos recursos, implica também destruição, já não do objecto a consumir, mas do entorno em que ele se encontra...), mas toda a verdade não se conta em 60 minutos.


Visão de 15 de Maio de 2008, p.112


Vamos cantando e rindo, alegremente...
Que (uma das partes d)o consumo sempre nos põe assim.
A tresver, a trespensar, estrabizados.

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