Curta distância

Observar

Irish Jig - 1974

Bem, eu queria uma imagem para ilustrar este artigo e não vi motivo para não pôr a capa deste disco dos Bretões Gwendal (qualquer dia ainda vamos ouvi-los por cá...)

Podemos ler o desenho de várias formas. Contudo, aquilo em que pretendo focar-me é na questão do tamanho e do chão. Não, não vou falar de pegadas ecológicas (acho que se vai tornando difícil distanciar-me da imagem de ambientalista que tenho vindo a alimentar...), nem do tamanho desmesurado que o Homem atingiu. Soaria a palavras requentadas. Embora necessárias.


Aquilo que queria dizer prende-se mais com a relação intrínseca entre o Ser e o Meio. Sei que a ideia não é nova, mas pelas experiências por que vamos passando e por andarmos "no campo" / "em campo" começamos a aperceber-nos que a relação entre o Homem e o Meio onde vive e trabalha torna-os indissociáveis. As actividades económicas demonstram os usos e explorações que fazemos do solo. Refiro actividades económicas pois parecem-me ser as que mais exigem e transformam o espaço.


Se na cidade a agricultura ou não existe ou é escassa, isso diz-nos muita coisa sobre as pessoas, o solo e a maneira como elas a ele se ligam.
Claro, ser mais alto implica muitas vezes ver estas relações como coisas pequeninas, e que nos aparecem como pouco relevantes.
É daí que, em caso de problemas com o que se passa cá por baixo, temos de nos agachar e tentar descobrir como resolvê-los

A distância é curta. E as disfuncionalidades fortalecem e reestreitam os laços que nos prendem ao chão. Aquilo que sempre pisamos.

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